Estima-se que aproximadamente 200 bilhões de estrelas façam parte desse sistema. Com massa estimada em quase dois trilhões de massas solares, nossa Galáxia tem entre 13.5 e 13.8 bilhões de anos e seu centro está localizado a aproximadamente 30 mil anos-luz de distância da Terra.
O centro galáctico é um lugar bastante tumultuado. Observá-lo através da luz visível não é uma tarefa fácil já que a poeira cósmica obscurece praticamente toda a luz emitida, mas quando sondado no comprimento de onda do infravermelho milhões de estrelas podem ser vistas.
A imagem acima foi captada nesse seguimento do espectro por dois telescópios do projeto 2MASS, instalados em Monte Hopkins, no Arizona e próximo a La Serena, no Chile. Na cena, o centro da Galáxia aparece em tons brilhante no canto inferior esquerdo da foto, enquanto o plano da galáxia, no qual nosso Sol orbita, é visto na forma de uma faixa diagonal escurecida, composta de poeira cósmica criada nas atmosferas de estrelas gigantes vermelhas.
Na década de 1990, dois astrônomos alemães chamados Eckart e Genze realizaram medições em mais de 200 estrelas daquela região e concluíram que a densidade central do núcleo galáctico era muito mais alta que a de algum aglomerado estelar. A atração gravitacional era tão intensa que os pesquisadores deduziram que a única possibilidade para tamanha atração era a existência de um buraco negro supermassivo no centro da Galáxia - Sagitarius A - estimado em 2.6^10.6 massas solares.
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Foto: Imagem de parte da Via Láctea feita pelos telescópios do projeto 2MASS, que estuda o céu no comprimento de onda do infravermelho. Crédito: 2MASS - The Two Micron All Sky Survey