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Satélite ajuda a prever deslocamento de cinzas do vulcão Islandês

Segunda-feira, 17 mai 2010 - 09h36
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No dia 7 de maio de 2010, o vulcão islandês Eyjafjallajökull produziu sua segunda maior nuvem de cinzas, que se propagou por quase toda a Europa. Desde que entrou em erupção em 14 de abril de 2010, a montanha se mantêm em constante atividade, obrigando os especialistas a desenvolverem modelos de propagação de cinzas cada vez mais confiáveis.

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Entre as informações mais importantes usadas para esse tipo de previsão estão o instante em que a erupção aconteceu, a quantidade de cinzas ejetada e a altura alcançada pela coluna de fumaça. Além das observações coletadas na superfície, os satélites de sensoriamento remoto desempenham papel fundamental na obtenção desses dados.

A imagem acima mostra um dos momentos da gigantesca pluma de cinzas sobre o Atlântico norte e foi captada no dia 7 de maio de 2010 através do instrumento MISR, um espectroradiômetro multi-angular a bordo do satélite de monitoramento Terra, da Nasa.

O instrumento MISR é dotado de nove câmeras diferentes, cada uma observando a mesma cena de um ângulo diferente quase simultaneamente. Ao combinar todas as imagens usando uma avançada técnica multi estereográfica, os cientistas podem calcular a altura da pluma de cinzas.


A imagem do topo é uma representação natural da cena, com o vulcão Eyjafjallajökull fora do canto superior esquerdo e a pluma de fumaça se deslocando em sentido sudeste. A imagem inferior é uma cena estereográfica derivada da combinação dos nove sensores e mostra a altura da pluma de cinzas. Cada pixel da imagem corresponde a uma área de 1.1 km de largura e a precisão obtida atinge 500 metros na vertical.

Pelo que se observa, a maior parte da pluma reside entre 4 mil e 6 mil metros de altura acima do oceano, claramente mostrado em tons laranja e vermelhos. Os pixels amarelo-esverdeados mostram as regiões em que as cinzas chegam a descer a 3 mil metros acima do nível do mar devido às correntes de vento descendentes.

A cena também retrata um bloco grande de pontos azuis no canto superior esquerdo, com atura inferior a mil metros. Esses pontos são locais onde a cinza se depositou após a erupção e em seguida reerguida por ventos de superfície.


Satélite Terra


O satélite Terra executa sua translação em órbita polar e cruza a linha do equador no lado diurno do planeta ao redor das 12h30 do horário local.

Cada varredura do sensor MISR cobre aproximadamente 400 quilômetros de largura e cobre toda a superfície terrestre uma vez por semana.

Outro sensor de grande importância a bordo do satélite o especroradiômetro MODIS, que capta imagens com 2300 quilômetros de largura, permitindo que toda a superfície da Terra seja coberta em 24 horas. A combinação das Imagens MODIS e MISR são atualmente os melhores auxiliares na modelagem de cinzas vulcânicas e estão sendo largamente empregados na propagação das cinzas do vulcão Islandês


Foto: Imagem captada pelo satélite de sensoriamento Terra mostra a altura das cinzas do vulcão islandês Eyjafjallajökull. Crédito: Nasa/MODIS.

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