O satélite Aqua da Nasa capturou uma imagem de cor natural da região de Moscou na sexta-feira, quando a situação se agravou. Os pequenos pontos vermelhos indicam os focos de calor e a área mais crítica atingida pelo fogo. A fumaça cinza e opaca toma a região e se mistura com as áreas de nuvens brancas ao leste e nordeste da capital russa.
De acordo com Ministério da Rússia para Situações de Emergência, 114 mil hectares de florestas estavam tomados pelo fogo neste domingo em diversas regiões do país. O número de focos de incêndio havia subido para 438. Em comunicado, o Mistério afirmou que a situação se agravou em razão das elevadas temperaturas beirando os 40°C e dos ventos de 70 km/h que ajudam a espalhar o fogo e a fumaça.
"Em seis horas as chamas devastaram 86 mil hectares na região Nizni Novgorod", a quinta maior cidade russa, lamentou o ministro de Emergência Serguei Shoigu. Voronezh, cidade com 850 mil habitantes, ao sul do Moscou, também está entre as cidades mais castigadas pelo fogo. Em um vilarejo, metade das casas foi destruída.
A Rússia vive a pior onda de calor dos últimos 130 anos. No mês de julho as temperaturas bateram sucessivos recordes. Na última quinta-feira (29) um novo recorde foi observado em Moscou: a temperatura chegou aos 38,2°C, segundo observações meteorológicas locais.
Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, deve se reunir os governadores das regiões mais afetadas pelos incêndios para uma melhor avaliação da situação.