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Satélite japonês Alos vai ajudar Brasil monitorar a Amazônia

Quinta-feira, 28 jan 2010 - 10h15
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O satélite japonês Alos (Advanced Land Observing Satellite) começou a ser usado pelo Brasil no monitoramento do desmatamento na Floresta Amazônica. O diferencial desse satélite é que sua tecnologia permite enxergar através das nuvens, dando maior precisão na coleta de dados.

Para o Brasil o sistema é revolucionário, pois a Amazônia por ser uma floresta tropical, fica coberta de nuvens pelo menos de seis a oito meses no ano, o que dificulta muito as observações dos satélites comuns.

O Alos fica a cerca de 700 quilômetros de altitude e funciona com um sistema de radar de abertura sintética. Sinais de micro-ondas são enviados para a terra, atravessam as nuvens, chegam ao solo e voltam para o espaço. Todas as informações captadas pelo satélite são transmitidas para o outro lado do planeta até o Centro de Observação da Terra, órgão do governo japonês e que fica nos arredores da capital Tóquio.

As informações processadas por supercomputadores já começaram a servir de base para agentes do Ibama e da Polícia Federal no Brasil, que ficam sabendo exatamente o ponto onde estão acontecendo os desmatamentos.

Atualmente, oito agentes brasileiros de fiscalização estão no Japão recebendo um treinamento para usar as novas informações do Alos. No futuro, as imagens do satélite também serão usadas nos tribunais como prova para punir os criminosos ambientais.

O satélite japonês ALOS foi lançado pela Agência Espacial Japonesa (JAXA) no dia 24 de janeiro de 2006 com o objetivo de acompanhar as mudanças climáticas globais e os desastres ambientais.

Arte: Dados do satélite Alos permitem saber exatamente o ponto onde os desmatamentos estão acontecendo, além de mostrar com precisão estradas e rios que possam ser utilizados para chegar ao local do crime ambiental. Fonte: Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA).

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