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Satélite registra rio de lava que escorre do vulcão Cumbre Vieja

Quarta-feira, 6 out 2021 - 10h17
Por Rogério Leite
Desde que o vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção na ilha de La Palma, a ejeção de lava parece não ter fim. O fluxo incandescente não para de avançar rumo ao Atlântico, distante cerca de seis km do topo do vulcão. Visto do solo o espetáculo é inebriante, mas somente por imagens de satélite é que temos a dimensão do evento.

Rio de lava formado após a erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma. A cena foi registrada em 30 de setembro, onze dias após a erupção. Crédito: ESA.

A imagem mostrada foi capturada pelo satélite europeu de sensoriamente remoto Sentinel-2, da constelação Copernicus, em 30 de setembro de 2021. A cena mostra em detalhes o fluxo de lava escorrendo desde o cume de Cumbre Vieja, formando uma espécie de cascata que flui desde o topo da montanha até a costa ocidental da ilha.

Para se ter uma ideia da imensidão, o mar de lava cobre agora cerca de vinte hectares, o equivalente a vinte campos de futebol.

A erupção do Cumbre ocorreu em 19 de setembro de 2021 e provocou uma grande rachadura em um dos flancos da montanha, lançando grande quantidade de cinzas na atmosfera e lava incandescente na encosta. A lava expelida desceu a montanha e atravessou diversas aldeias, engolfando tudo em seu caminho. Em 28 de setembro, o fluxo de lava se propagou por seis quilômetros e finalmente atingiu o mar na área de Playa Nueva.

A cena mostrada foi processada em cores reais, através de três canais do espectro visível além do canal infravermelho. A soma de quatro canais permitiu destacar o fluxo de lava e as assinaturas típicas de lava incandescente a cerca de 1020 graus de temperatura.

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