A imagem foi registrada através de telescópio especial do tipo h-alpha, instalado no observatório solar Apolo11. Este tipo de telescópio é capaz de filtrar a luz produzida no topo da cromosfera o que permite revelar detalhes não detectados em outros tipos de imagem.
Na cena, chama a atenção os grandes filamentos centrais formados no topo da cromosfera. Esses filamentos são regiões constituídas de plasma aquecido a 10 mil kelvin e que são mantidos coesos e curvados devido ao intenso campo magnético que os envolve.
São protuberâncias gasosas similares às cordilheiras que podem alcançar centenas de milhares de quilômetros de extensão. Em alguns casos pode superar 100 mil km de altitude. Se por alguma razão um filamento se rompe, o gás armazenado é abruptamente liberado e lançado ao espaço, podendo provocar fortes tempestades geomagnéticas caso atinjam a Terra.
O ponto branco visto no leste solar (à esquerda do centro) é a região ativa - ou mancha solar - AR 2305. Esta mancha mede aproximadamente 340 milionésimos do disco solar, cerca de 1.1 bilhão de km2.
De acordo com o SWPC, Centro de Previsão de Clima Espacial dos EUA, AR 2305 tem características magnéticas do tipo Beta-Gamma-Delta, portanto capaz de provocar ejeções de massa coronal que podem atingir a Terra caso exploda nos próximos dias.
Finalmente, no limbo estelar temos as chamadas proeminências, que em certas ocasiões podem se elevar a mais de 120 mil km de altitude. Na realidade, as proeminências nada mais são do que os filamentos, mas situados na borda do Sol e vistos contra o fundo negro do espaço.
Após se projetarem rumo ao espaço, são novamente atraídos pela gravidade e campo magnético do Sol, retornado à superfície da estrela na forma de uma tórrida chuva de plasma.