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Sol: Tempestade atinge a Terra e causa auroras no hemisfério norte

Sexta-feira, 10 jan 2014 - 10h40
Por Rogério Leite
A ejeção de massa coronal lançada ao espaço no último dia 7 não foi tão forte e não elevou o índice KP a níveis extremos como o previsto, mas provocou belas auroras polares nas regiões de latitudes mais altas do planeta.

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As partículas carregadas ejetadas pelo Sol atingiram a magnetosfera da Terra às 18h00 de quinta-feira pelo horário de Brasília, mas não foram capazes de desestabilizar a ionosfera e provocar tormentas geomagnéticas significativas.

O choque das partículas foi bem mais fraco do que o previsto pelos modelos matemáticos, que mostravam um impacto quase frontal da massa coronal. Algumas previsões alertavam para uma elevação intensa do índice KP, que poderia chegar até o nível 8, capaz de causar problemas graves em sistemas de distribuição de energia em localidades do hemisfério norte.

A intensa ejeção de massa coronal (CME) ocorreu às 18h30 UTC do dia 7 e gerou um pico de raios-x que atingiu o nível X1, dentro da qualificação das emissões intensas. O evento partiu da região ativa AR1944, um gigantesco grupo de manchas solares maior que 10 planetas Terra enfileirados.

Embora a CME não tenha provocado uma tempestade geomagnética intensa, foi capaz de disparar uma série de auroras polares em diversas regiões do extremo norte da Europa e circulo polar ártico, como Noruega, Suécia e Finlândia.

Apesar de o impacto ter sido pouco intenso, a tempestade geomagnética ainda está em andamento e o índice KP, que mede a instabilidade da ionosfera, ainda pode se elevar nas próximas 24 horas.


Arte: Maravilhosa aurora boreal registrada em Tromsø, Noruega, em 9 de janeiro de 2014. O evento foi provocado pelo choque das partículas carregadas, ejetadas da região ativa AR1944. Crédito: Harald Albrigtsen, Apolo11.com.

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