As partículas carregadas ejetadas pelo Sol atingiram a magnetosfera da Terra às 18h00 de quinta-feira pelo horário de Brasília, mas não foram capazes de desestabilizar a ionosfera e provocar tormentas geomagnéticas significativas.
O choque das partículas foi bem mais fraco do que o previsto pelos modelos matemáticos, que mostravam um impacto quase frontal da massa coronal. Algumas previsões alertavam para uma elevação intensa do índice KP, que poderia chegar até o nível 8, capaz de causar problemas graves em sistemas de distribuição de energia em localidades do hemisfério norte.
A intensa ejeção de massa coronal (CME) ocorreu às 18h30 UTC do dia 7 e gerou um pico de raios-x que atingiu o nível X1, dentro da qualificação das emissões intensas. O evento partiu da região ativa AR1944, um gigantesco grupo de manchas solares maior que 10 planetas Terra enfileirados.
Embora a CME não tenha provocado uma tempestade geomagnética intensa, foi capaz de disparar uma série de auroras polares em diversas regiões do extremo norte da Europa e circulo polar ártico, como Noruega, Suécia e Finlândia.
Apesar de o impacto ter sido pouco intenso, a tempestade geomagnética ainda está em andamento e o índice KP, que mede a instabilidade da ionosfera, ainda pode se elevar nas próximas 24 horas.