A ejeção de massa coronal, ou CME, ocorreu ontem (terça-feira) às 23h20 pelo horário de Brasília e produziu um flare de classe C-4 de longa duração, provocado pela erupção do campo magnético ao redor do novo grupo de manchas solares 1035. As manchas surgiram na segunda-feira e já apresentam sete vezes o tamanho da Terra, podendo ser facilmente observadas através de telescópios de pequeno porte.
Como as manchas estão voltadas diretamente para a Terra, a ejeção de material foi disparada nesta direção e apesar de serem fracas poderão causar tempestades geomagnéticas e provocar auroras austrais nas latitudes médias e altas do nosso planeta.
Como conseqüência, ocorrem as chamadas Ejeções de Massa Coronal, ou CME, enormes bolhas de gases ionizados com até 10 bilhões de toneladas, que são lançadas no espaço a velocidades que superam a marca de dois milhões de quilômetros por hora. Nesta velocidade, as partículas ejetadas levam cerca de três ou quatro dias para cruzar os 150 milhões de quilômetros que separam o Sol do nosso planeta.
Quando observadas dentro do espectro de raios-x, que vai de 1 a 8 Angstroms, produzem um intenso brilho ou clarão. A intensidade desse clarão (ou flare) permite classificar o fenômeno em algumas categorias ou classes.
Os flares de Classe X são intensos e durante os eventos de maior atividade podem provocar blecautes de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias.
As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam blecautes de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de Classe M.
Por fim existem as rajadas de Classe C, fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra e também as mais comuns.
Esse efeito luminoso é chamado de Aurora e são mais intensas quanto maior for a atividade solar. Quando ocorrem próximas ao polo norte as auroras recebem o nome de "auroras boreais" e quando se dão próximas ao pólo sul recebem o nome de "auroras austrais".