Essa diminuição da atividade magnética já era esperada, uma vez que estamos mergulhados no pico do mínimo solar. A menor atividade veio acompanhada de buracos coronais de longa duração e aumento de auroras de cor pink, poucas vezes observadas.
Embora a variação de luminosidade seja parte natural do ciclo solar, a diminuição da irradiação e nível de atividade observada por satélites pode, segundo alguns estudos, afetar a química da atmosfera superior e alterar os padrões climáticos globais.
Apesar de parecer pequena à primeira vista, 0.1% a menos de irradiação é um número muito expressivo. Normalmente, a Terra recebe 1361 Watts por metro quadrado de energia proveniente da estrela. Considerando que a Terra tem 560 milhões de quilômetros quadrados, a perda de energia diária representa mais que a soma de todas as fontes energéticas terrestres juntas, incluindo as gerações naturais e artificiais.
Para tentar entender essa dinâmica estelar e como isso pode influenciar a dinâmica terrestre, em 2017 a empresa SpaceX levou até a Estação Espacial Internacional um sensor altamente especializado, chamado TSIS-1. O objetivo é coletar dados espaciais ligados ao ambiente solar, que possam trazer novas pistas sobre esse declínio na irradiação.
Além da menor irradiação, gráficos comparativos mostram que desde 1978 (quando começou a coleta de dados através de satélites) o número de manchas solares (SSN) também vem caindo regularmente, indicando que a atividade magnética da estrela também está passando por algum tipo de anomalia. Os números mostram que nos últimos quarenta anos, o número médio de manchas durante os máximos solares caiu de 200, em 1978, para 100 em 2015.
Por razões ainda não compreendidas, o ciclo de manchas solares se normalizou no século 18, voltando ao período normal de 11 anos.