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A New Horizons parte carregada de câmeras, sensores e diversos instrumentos científicos com o objetivo de mostrar aos cientistas aquilo que da Terra não conseguem ver. Sua missão será estudar a composição geológica e atmosférica do planeta e sua lua.
Plutão nunca foi visitado por nenhuma outa espaçonave, desde que se iniciou a exploração espacial há 50 anos. De acordo com um dos diretores do projeto, o cientista Ralph McNutt Jr, "é o que falta para completar o primeiro nível do conhecimento do sistema solar".
O custo total da missão ultrapassa 700 milhôes de dólares. Esse valor é oito vezes maior que todo o orçamento da Agência Espacial Brasileira. A Academia de Ciências dos EUA considera essa missão como de prioridade máxima.
A sonda New Horizons viajará a 13 quilômetros por segundo e deve se encontrar com Plutão em julho de 2015, a quase 5 bilhões de quilômetros da Terra, mais de 30 vezes a distância da terra ao Sol. Quando chegar lá, os sinais de rádio emitidos pela sonda levarão quatro horas e meia para chegar à terra.
Além de explorar Plutão e sua lua Caronte, caso o combustível seja suficiente os pesquisadores esperam poder direcionar a nave em direção ao Cinturão de Kuiper e estudar um ou dois objetos. O Cinturão de Kuiper é um grande anel de pedregulhos gelados que orbita a periferia do sistema solar.
Plutão foi descoberto e classificado como planeta em 1930 e também faz parte do Cinturão de Kuiper.
A New Horizons não deverá pousar em Plutão ou em sua lua Caronte. A maior aproximação da nave será de 10 mil quilômetros do solo do planeta e de 27 mil quilômetros da superfície lunar. De acordo com cientistas do projeto, a aproximação será como um vôo rasante. Não há como parar o artefato. A nave não orbitará o planeta já que não há combustível para isso.
A New Horizons se parece com um piano, tanto em formato como em tamanho. De seu peso total de 470 quilos, somente 77 são de combustível. A potência total gerada é de apenas 212 Watts, o equivalente às lampadas comuns. Para economizar combustível a nave deverá hibernar durante a maior parte da viagem.
Para se ter uma idéia, Plutão e caronte são tão diminutos que juntos caberiam dentro do Brasil. Devido a dificuldade em observá-los, os cientistas possuem muito poucos dados a respeito de ambos.
O que se sabe é que Plutão e Caronte são formados por uma mistura de rocha e gelo. Em sua órbita ao redor do Sol, Plutão lembra um cometa. Em sua maior aproximação, o gelo da superfície sublima (passa diretamente do estado sólido para o gasoso) o que produz uma tênue atmosfera.
A temperatura média em sua superfície é de 233 graus negativos. Se toda a atmosfera da Terra fosse jogada sobre o planeta, congelaria.
A missão também deve confirmar a existência de outras duas luas, detectadas recentemente pelo telescópio espacial Hubble.
Plutão divide os cientistas quanto à classificação. Há anos debate-se se deve perder seu status de planeta e passar a ser um simples objeto do Cinturão de Kuiper ou KBO.