A agência divulgou os primeiros sons captados pelos microfones da sonda Huygens em Titã. Uma das duas gravações é uma reconstrução em laboratório de amostras de áudio registradas na descida da nave na atmosfera da lua de Saturno.
A segunda gravação é a reprodução dos ecos do radar da Huygens durante os últimos quilômetros da descida, que serão utilizados por cientistas para estudar a natureza da superfície de Titã.
"Estou emocionado pelo que vimos ontem, é extraordinário. Mas precisamos compreender que o que temos hoje é apenas um potencial", declarou David Southwood, diretor científico da ESA, um dia depois de a sonda européia Huygens ter dado um novo passo na exploração interplanetária ao aterrissar na superfície de Titã, o maior satélite de Saturno.
"Estou muito contente. Os dados científicos obtidos pela Huygens correspondem a nossos objetivos mais ambiciosos, e até mais", disse Jean-Pierre Lebreton, diretor da missão Huygens na agência.
"Os cientistas trabalharam toda a noite e esta manhã já temos uma imagem um pouco mais clara de Titã", acrescentou.
Comentando as primeiras fotografias recebidas, Marty Tomasko (cientista da Universidade de Tuscon, Arizona), encarregado da câmera da sonda, disse que "é impossível resistir à especulação de que se vêem nas imagens canais de drenagem, ou uma ribeira".
A propósito da foto que mostra cristais na superfície, afirmou que "não possuem mais de 15 cm de largura e que os mais visíveis se encontram a apenas 85 cm da sonda".
"Não temos resposta a todas as perguntas agora, só podemos especular sobre esses cristais", ainda que "sejam pedras de água congelada", ressaltou.
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