O motivo da sondagem da cratera se deve ao fato de que nos anos 90 as sondas Lunar Prospector e Clementine, da Nasa, detectaram o que poderia ser sinais de gelo no interior de algumas crateras. Devido à posição geográfica e profundidade, a luz do Sol nunca atinge o fundo da cratera o que permitiria a formação de reservatórios de água gelada.
Para fazer as imagens do fundo da cratera a sonda japonesa utilizou a própria luz solar, refletida pelas paredes da encosta íngreme. No entanto, o reflexo obtido não condiz com a presença de água no interior da cratera.
De acordo com o pesquisador Junichiri Haruyama, que assina o artigo, os sinais detectados anteriormente pelas sondas americanas podem ser interpretados agora como gelo misturado ao solo, gelo coberto pelo solo ou hidrogênio trazido pelo vento solar. "Acredito muito na terceira hipótese, mas as outras podem acabar sendo as verdadeiras", disse o cientista.
A pesquisa por água na Lua continua bastante avançada, com dois países - China e Japão - atualmente em órbita do nosso satélite. Em alguns dias a Índia também estará mapeando a superfície Lunar com o Chandrayaan-1 e em fevereiro será a vez dos EUA, que deverão enviar para lá o Lunar Reconnaissance Orbiter, LRO