Harold Brooks, que liderou o estudo, explica que as condições climáticas no local são propícias para a ocorrência do fenômeno. O choque de massas de ar frio e seco vindas da Patagônia e massas de ar quente e úmido formadas na Amazônia resulta em grandes nuvens de tempestades.
No momento do impacto as duas massas começam a girar. No centro da tempestade o tornado surge em forma de um funil e quando toca o solo leva tudo o que estiver em seu rastro. A topografia plana da região também contribui para a ocorrência do fenômeno. O pampa acaba servindo como um corredor de tornados da América do Sul.
Meteorologistas da Universidade Federal de Santa Maria questionam a falta de equipes de campo quando um tornado acontece na Região Sul. Laudos técnicos feitos por cientistas horas depois do fenômeno seriam de grande valia para estimativas futuras.
Além disso, a Região tem carência de radares. Em todo o Sul só há cinco radares e apenas um usa a tecnologia dopler que permite medir a velocidade dos ventos e a rotação dentro das nuvens elevando a precisão da localização de ventania e tempestades severas.
Segundo a pesquisa norte-americana de Brooks as condições do tempo na região propiciam a ocorrência de tornados, em média, 15 dias por ano, no norte da Argentina e no Sul do Brasil.
Para medir o quanto é devastador é utilizada a escala Fujita criada em 1974, que classifica o tornado de acordo com o nível dos estragos e da velocidade dos ventos estimada, que pode variar de 117 km/h a 512 km/h.