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Tecnologia australiana a laser vai rastrear lixo espacial da Terra

Quinta-feira, 22 jul 2010 - 09h39
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A empresa australiana Electric Optic Systems anunciou o desenvolvimento de um sistema de rastreamento utilizando laser para detectar o lixo espacial que orbita a Terra. Hoje, existem pelo menos 19 mil objetos maiores que 10 centímetros na órbita terrestre, de acordo com informações da Rede de Vigilância Espacial (USSSN), órgão do governo americano que rastreia objetos colocados no espaço. Outra estimativa indica 200 mil objetos inferiores a um centímetro vagando na órbita da Terra.

Um sistema de rastreamento eficiente diminuiria o risco de colisão de qualquer pedaço desse lixo espacial com naves e satélites ao redor do globo. Os restos deixados por foguetes e satélites apresentam perigo, pois se movimentam em alta velocidade chegando a 30 mil quilômetros por hora.

A empresa australiana garante que a nova tecnologia a laser é capaz de localizar até mesmo os destroços pequenos de apenas 10 centímetros de diâmetro e ainda prever se os objetos vão colidir com outros.

Craig Smith, chefe executivo da empresa, explica que a tecnologia é baseada em um avançado sistema de radares avaliado em US$ 3,5 milhões, financiado pelo governo.

Chances de Colisão


Mesmo com tantos objetos no espaço, as colisões entre satélites ainda são raras e as órbitas dos artefatos são bem conhecidas. Quando os caminhos dos objetos podem se cruzar, as autoridades que controlam os satélites podem agir de modo a impedir o choque, como ocorreu três vezes em maio de 2009. Na ocasião, satélites de sensoriamento remoto precisaram ser desviados para impedir que se chocassem contra os restos de um foguete espacial.


Foto: O gráfico retrata todos os objetos que estão na órbita terrestre mais baixa, próximos da Terra, observados há um ano pela Rede de Vigilância Espacial. Crédito: USSSN / Apolo11.

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