Mark Showalter, do Instituto Seti em Mountain View, Califórnia, fez a descoberta e explicou em artigo na Science, nesta sexta-feira, que o 12.º e 13.º anéis ficam distantes dos demais e são mais amplos. Estão situados entre as órbitas das duas maiores luas de Urano.
Eles são trilhas tênues de partículas, menos visíveis do que o restante dos anéis, que ficam muito próximos uns dos outros. Por causa disso, acreditam os astrônomos, não foram percebidos nas imagens que a sonda Voyager 2 enviou em sua passagem pelo planeta em 1986. A sonda revelou dois anéis próximos aos 9 conhecidos até então.
Para Showalter, o anel externo deve ser formado por partículas da lua Mab, descoberta em 2003. Processos de erosão lançam poeira e pequenas rochas ao espaço, que acabam na órbita do planeta.
Urano tem quatro vezes o tamanho da Terra e nada menos que 14 luas estão em sua órbita. Estudos feitos em 1994 mostraram que estas luas têm trajetórias caóticas e que, em alguns milhões de anos, algumas delas devem acabar se chocando.