Estimativas iniciais, divulgadas na semana passada, davam conta de que as dimensões do objeto, descoberto em julho de 2005, eram 25% a 50% maior.
A diminuição do tamanho do planeta coloca em foco novamente a discussão entre os astrônomos sobre qual seria o menor tamanho para que um objeto celeste seja considerado um planeta.
Apesar de estar duas vezes mais distante do Sol que Plutão, o objeto é tão luminoso queo cientista planetário Michael Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, expeculou junto a seus colegas, que o 2003 UB313 era consideravelmente maior que Plutão.
No entanto, o próprio Brown achou que seriam necessários mais dados antes de classificá-lo como planeta.
Em dezembro de 2005 as imagens captadas pelo telescópio Hubble foram mostradas a um grupo de cerca de mil pesquisadores em uma conferência.
Mesmo ligeiramente embaçadas, as imagens foram suficientes para que Brown e sua equipe determinassem que 2003 UB313 era pouquíssimo maior que Plutão.
Segundo Brown isso é surpreendente,pois significa que o objetoreflete 92% da luz que incide sobre ele - comparado aos 60% de Plutão. "Euesperava que ele fosse mais escuro e consideravelmente maior" disse Brown.
A questão em torno do tamanho de 2003 UB313, provisoriamente chamado de"Xena", envolve uma cruel dúvida para os astrônomos: o quê, exatamente,define um corpo celeste como planeta ? Quando um objeto no céu deixa deser um asteróide ou planetóide e passa a ser considerado um planeta ?
Em meio à polêmica, existem diversos astrônomos que defendem até um "rebaixamento" de Plutão.
De acordo coom Frank Bertoldi, "é cada vez mais difícil justificar chamarmos Plutão de "planeta" se 2003 UB313 não receber o mesmo tratamento".
Foto: Na imagem feita pelo telescópio espacial Hubble vemos o planeta, provisoriamente chamado de Xena e sua lua Gabrielle.