O impacto da sonda ocorreu às 15h25 pelo horário de Brasília e foi captado pelo Telescópio Anglo-australiano de 3.9 metros da universidade de South Wales, na Austrália. O flash produzido pelo choque durou cerca de dois segundos, mas o pico do brilho não passou de uma fração desse tempo, conforme mostram os fotogramas feitos pelos astrônomos Jeremy Bailey e Steve Lee, que documentaram o evento.
As observações foram feitas com o instrumento IRIS2, um espectrógrafo infravermelho equipado com filtro de banda estreita de 2.3 mícrons. Os registros apresentados são parte da série de imagens captadas com tempo de exposição de 1 segundo por frame, com intervalo entre frames de 0.6 segundo.
O impacto de Kaguya foi confirmado pelos engenheiros japoneses, que comemoraram o fim da missão com uma salva de palmas. Segundo a Jaxa, os 17 meses em que a sonda realizou o sensoriamento remoto da Lua permitiram a construção de um novo modelo tridimensional avançado do satélite, além de realizar o maior levantamento do campo gravitacional e magnético da Lua.
Um mês após entrar na órbita da Lua, Kaguya liberou duas outras sondas menores que também entraram em órbita. Uma delas realizou parte do sensoriamento remoto do nosso satélite natural enquanto o outra efetuou medidas do seu campo magnético e gravitacional, além de servir de retransmissor de sinais entre o complexo orbital e a Terra.
O nome Kaguya homenageia uma famosa princesa dos tradicionais contos japoneses, sempre acompanhada de Okina e Ouna, os anjos-guardiões da princesa que dão nome aos satélites auxiliares da missão.
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