Os estudiosos acreditam que esses astros se formaram a partir do material denso e quente, que se expandiu após o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos, produzindo então as estrelas e galáxias que vemos hoje no universo.
Os astros observados pelo ESO têm poucos elementos pesados, sendo pobre em metais e por isso classificados como muito antigos. As grandes galáxias se formaram com a fusão de galáxias menores. Seguindo essa teoria, as estrelas primitivas da Via-Láctea já deviam estar presentes nas galáxias menores.
"O nosso trabalho não só revelou algumas das muito interessantes primeiras estrelas destas galáxias, como ainda fornece uma nova e poderosa técnica de detecção de estrelas deste tipo," diz Else Starkenburg, autora principal do trabalho.
O nosso método mais desenvolvido nos permitiu descobrir as estrelas primitivas ocultas no meio de todas as outras estrelas mais comuns", completou Starkenburg.
As observações do ESO foram centradas nas galáxias anãs, localizadas tipicamente a 300 mil anos-luz de distância e somente os traços mais intensos de seu espectro puderam ser medidos, mostrando apenas os vestígios de sua existência.
Com a nova técnica, os pesquisadores do ESO conseguiram distinguir o vestígio da composição de uma estrela normal, pobre em metais, de uma extremamente pobre em metais, ou seja, com menos que uma milésima parte da quantidade de elementos químicos mais pesados que o hidrogênio e o hélio, encontrados no Sol. Agora, a chance de descobrir mais estrelas desse tipo é bem maior, segundo os estudiosos.