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Tempestade geomagnética provoca show de auroras no hemisfério norte

Segunda-feira, 21 ago 2006 - 06h21
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As partículas eletricamente carregadas, que foram expelidas pelo Sol na quarta-feira, alcançaram a Terra no final de semana e como esperado, provocaram intensas tempestades geomagnéticas nas latitudes mais elevadas.

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A ejeção de massa solar, captada pelo satélite Soho, pode ser acompanhada através de imagens atualizadas, que são diariamente disponibilizadas aqui no Apolo11.

A maior parte das partículas foram desviadas próximas à magnetosfera terrestre, mas parte dela conseguiu furar o bloqueio imposto nas altas camadas da atmosfera, causando a formação de espetaculares auroras boreais.

Durante diversas horas as auroras puderam ser vistas em vários países como Suécia, Finlândia, Noruega, Escócia e nas regiões norte dos Estados Unidos e Canadá.

Na Suécia, as auroras competiram com os raios solares, que nesta época do ano ainda podem ser vistos durante altas horas e conhecido "Sol da Meia-Noite". Mesmo assim, de tão intensas, puderam ser facilmente fotografadas.

Patricia Cowern, da cidade de Porjus, captou com precisão a beleza do fenômeno. Segundo Patricia, as fotos foram fáceis de serem feitas, já que os clarões eram muito fortes. As imagens, tomadas aos 45 minutos da madrugada, foram tiradas do quintal da casa de Patrícia, 60 km acima do círculo polar Ártico. Para fazê-las, Patricia usou uma máquina fotográfica reflex convencional, com filme de 400 ASA e exposição de 6 segundos.

Outros que acompanharam o fenômeno não esconderam a surpresa. "Ver os brilhos no céu foi quase assustador", disse Chris Folde, que acompanhou o fenômeno na Noruega. "Nunca ví algo assim.", completou.


Auroras


Durante as tempestades solares, partículas eletricamente carregadas expelidas pelo Sol chegam à Terra e se chocam com os átomos de oxigênio e nitrogênio da atmosfera, produzindo radiação no comprimento da onda da luz visível, que são atraídas aos polos pelo campo magnético do planeta. Esse efeito luminoso é chamado de Aurora.

Quanto maior a atividade solar, mais intensas são as auroras, que recebem o nome de boreais quando ocorrem próximas ao polo norte e austrais quando se dão próximas ao pólo sul. Normalmente os clarões se dão a 60 km de altitude.

Créditos da foto: Agradecimentos especiais a

Patricia Cowern

, da Suécia, que nos deu permissão da reprodução.

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