Medir a rotação de Saturno não é uma tarefa muito fácil. O planeta é formado por nuvens de gás que se movimentam impulsionadas por poderosos ventos. Saturno não apresenta marcos geográficos duradouros como planetas rochosos e isto dificulta a vida dos cientistas na hora de medir sua rotação.
Os astrônomos se acostumaram então, a basear seus cálculos no campo magnético de Saturno, mas mesmo essa marcação pode variar.
Cientistas da Universidade de Oxford e da Universidade de Louisville, no Kentucky, tentam agora utilizar uma técnica diferente partindo de imagens infravermelhas feitas pela sonda americana Cassini, que está na órbita de Saturno.
Percebemos que era possível combinar informações sobre o que é visível na superfície de Saturno através dos dados infravermelhos construindo assim um mapa tridimensional de seus ventos.
Com este mapa, conseguimos descobrir como ondas longas e redemoinhos se desenvolvem na atmosfera e a partir daí calcular uma nova estimativa para a rotação fundamental do planeta., explicou Peter Read, professor de Oxford.
O fato da rotação completa de Saturno ser cinco minutos mais curta do que se imaginava, implica num erro de cálculo da velocidade dos ventos. As estimativas anteriores podem estar erradas em mais de 250 quilômetros por hora", concluiu o professor Read. O novo estudo foi publicado nesta quarta-feira (29) pela revista britânica Narture.