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Teste de míssil americano é confundido com avistamento de OVNIs

Segunda-feira, 17 set 2012 - 08h00
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Um teste de mísseis realizado pelo exército americano durante a madrugada teve muito mais repercussão do que o previsto. O motivo foi a trilha de condensação de um dos foguetes, que por subir muito alto refletiu a luz do Sol criando um efeito que foi confundido com possíveis discos voadores sobre os EUA.


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O teste ocorreu na quinta-feira, 13 de setembro a partir da base militar de Fort Wingate, localizada no estado americano do Novo México. Durante o teste, que teve o objetivo de avaliar o grau de precisão de um novo sistema de guiagem, os militares lançaram um foguete desarmado do tipo Juno, que voou em direção à base de White Sands, também no Novo México.

De acordo com o programado, na alta atmosfera o foguete Juno foi interceptado e abatido por um míssil do tipo Patriot, finalizando o teste. No entanto, a nuvem de condensação (contrail) do Juno subiu tão alto que passou a refletir os raios de Sol que ainda estava abaixo do horizonte, criando um magnífico espetáculo luminoso que pode ser visto em diversos estados do oeste dos EUA.

Apesar de belo, o efeito luminoso provocou alguma desconfiança em parte da população, que passou a telefonar e enviar emails aos órgãos militares americanos.


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De acordo com a porta voz da base de White Sands, Monte Marlin, foram recebidas mais de 100 ligações telefônicas, além de uma enxurrada de emails de pessoas que confundiram o contrail luminoso com uma possível aparição de Ovnis.

Marlin disse que recebeu ligações de Denver, Salt Lake City, Las Vegas e Los Angeles. "Tínhamos esperança que a população gostasse do show de luzes, mas que entendesse do que se tratava", disse a porta-voz.

Segundo a agência de notícias Associated Press, o teste da interceptação provocou relatos de avistamentos em pelo menos quatro estados americanos.

Explicação


No entender de Marlin, as condições atmosféricas no dia do teste eram perfeitas para que os gases de exaustão pudessem ser vistos de longe.
"Quando os gases congelam na atmosfera superior formam pequenos cristais que agem como prismas. Esses prismas refletem a luz solar criando esse incrível show de luzes e cores", explicou Marlin.

Além do efeito prisma, a nuvem de condensação atravessou várias camadas da atmosfera e foi esculpida por ventos de grande altitude. "Isso surpreendeu os observadores que estão acostumados a ver rastros em linha reta gerados por aviões", acrescentou Marlin.


Fotos: No topo, imagem registrada desde Scottsdale, Arizona, pelo observador Ryan Eiger mostra o contrail deixado pelo foguete Juno, emoldurado pela presença de Vênus e da Lua presentes antes do amanhecer. Acima, cena vista da cidade de Anthem, no Arizona e clicada pelo casal Linda e Dick Buscher, alguns minutos depois. Créditos: Ryan Eiger, Linda Buscher, Dick Buscher, Apolo11.com.

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