Quando as primeiras imagens começaram a mostrar a dimensão dos estragos na pequena cidade de Taquarituba, no interior de São Paulo, logo se percebeu que não se tratava de um vendaval normal. As cenas eram típicas de um campo de destroços, com ônibus arremessados, árvores arrancadas de suas raízes e casas inteiras praticamente pulverizadas.
De acordo com testemunhas, a velocidade do vento foi tão intensa que arremessou um ônibus por 30 metros, matando seu condutor.
O polo industrial da cidade foi totalmente destruído e nada sobrou da rodoviária da cidade, que horas depois entrou em Estado de Calamidade Pública.
Apesar de não existirem dados que confirmem a velocidade do vento no momento da passagem por Taquarituba, a extensão e as características dos estragos apontam para um fenômeno raro no Brasil, um tornado de intensidade EF3 na escala Fujita Otimizada, com ventos compreendidos entre 218 e 266 km/h.
Neste nível da escala, os danos são bastante claros e graves. Telhados e paredes de casas bem construídas são arrancados e destruídos, carros e ônibus pesados são levantados do chão e arremessados e árvores inteiras são arrancadas do solo.
Essas nuvens crescem e absorvem o calor, formando uma forte corrente que desce em direção ao solo, dando origem a uma supercélula que passa a girar e crescer, formando o tornado.