A detecção ocorreu durante sessão de observação da estrela 55 Cancri, feita por um grupo de cientistas liderados pelo astrônomo Ernst de Mooij, ligado à universidade de Queen's, na Irlanda.
Localizada a 41 anos-luz (390 trilhões de km) na direção da constelação de câncer, a estrela é visível a olho nu e abriga 5 planetas que giram ao seu redor. Quatro deles têm massa similar à de Júpiter (55 Cancri b, 55 Cancri c, 55 Cancri d e 55 Cancri f) e o quinto com massa semelhante à de Netuno (55 Cancri e).
O trânsito ocorreu durante a passagem de "55 Cancri e" na frente estrela, o que fez seu brilho diminuir 0.05% por cerca de duas horas.
Embora o planeta "55 Cancri e" seja conhecido desde 2007, o que chama a atenção é o fato de o trânsito ter sido observado a partir de telescópios terrestres, o que abre novas possibilidade de detecção e sensoriamento remoto de planetas situados fora do Sistema Solar. Até agora, o trânsito de "55 Cancri e" só havia sido observado por telescópios espaciais.
Com um período orbital de 18 horas, é o mais interno dos cinco planetas do sistema e devido a sua proximidade com a estrela hospedeira a temperatura durante o dia chega a atingir mais de 1700 graus Celsius. Isso é quente o suficiente para derreter metais, o que torna extremamente inóspita as condições para abrigar vida.
Identificado há uma década através de medições de velocidade radial, foi mais tarde confirmado por meio de observações de trânsito pelo telescópio espacial Spitzer.
Até agora, o único transito que havia sido observado por telescópios terrestres era o da super-terra