A nebulosa da Tarântula, meio enigmática, foi a composição de estreia - a primeira luz do telescópio. Pertencente à Grande Nuvem de Magalhães, a nebulosa da Tarântula é uma das galáxias mais próximas da Via Láctea e foi identificada pela primeira vez em 1751. Sua distância é calculada em aproximadamente 160 mil anos-luz e é extremamente luminosa. Seu nome remete à aranha caranguejeira.
A função do Trappist daqui pra frente será localizar planetas fora do Sistema Solar, os chamados exoplanetas, além de cometas em órbita ao redor do Sol. Para isso, o telescópio conta com filtros especiais de alta qualidade que permitem estudar diversos tipos de elementos.
O Trappist também realizará medições de alta precisão das reduções de luminosidade, causadas por exoplanetas que transitam frente ao disco estelar. Quando um planeta passa pela estrela, parte da luz é bloqueada e o brilho diminui. Por isso, é tão importante essa análise. Quando maior o planeta, menor a luminosidade da estrela que chega até o telescópio.
Emmanuël Jehin e Michaël Gillon estão à frente do projeto e falam da grande importância para o estudo do Universo. "Os planetas terrestres similares à Terra são alvos óbvios em nossa busca por vida fora do Sistema Solar, além disso se suspeita que os cometas desempenharam um papel importante na aparição e desenvolvimento da vida em nosso planeta", declarou Jehin.
La Silla é uma região propícia para a observação, pois está totalmente isolada, afastada de qualquer luz artificial e outras interferências que possam prejudicar as observações.