A liberação final para a união entre os dois módulos foi dada pela Diretoria de Operações para Missões da ISS, IMMT, após dois dias de intensas demonstrações nos quais a nave européia provou ter capacidade operacional para a intrincada operação.
"Estamos seguros de que os sistemas da Julio Verne são confiáveis e estão aptos para o acoplamento à ISS. Nossa equipe trabalhou muito até chegar a este ponto e todos os controladores e engenheiros estão prontos e ansiosos para esta primeira tentativa", disse John Ellwood, diretor de projeto ATV da ESA, agência espacial européia. ATV é a sigla para Veículo de Transferência Automática.
Durante o segundo dia de demonstrações, realizado em 31 de março, o cargueiro Julio Verne realizou uma série de manobras automáticas e provou que as novas tecnologias de orientação por raios laser e sinais de GPS avançado podem guiar e manobrar a nave com segurança, sem intervenção humana, ao redor da ISS. Durante a demonstração o cargueiro chegou a apenas 11 metros do ponto de acoplamento S41 da ISS e respondeu com precisão ao comando de escape, enviado pelos tripulantes da ISS, provando que em caso de emergência pode automaticamente se afastar e retroceder à uma localização segura.
O acoplamento desta manhã terá início às 11h41 desta manhã, quando ambas as naves estiverem sobre o Atlântico sul, a 1800 quilômetros da costa leste brasileira e se prolongará até 12h15, acima do deserto de Gobi, na Mongólia. Caso a união não seja possível, a próxima tentativa ocorrerá 48 horas depois, sábado dia 5.
Toda a operação será monitorada pelo centro de controle da ESA, na França, em conjunto com o centro de operações espaciais da Rússia, em Moscou e pelo centro espacial de Houston, da Nasa.
Veja a operação ao vivo
Saiba onde está a ISS neste momento! Fotos: No topo, imagem do cargueiro Julio Verne, feita pelo engenheiro e cosmonauta russo Yuri Malenchenko, a bordo da Estação Espacial Internacional. A cena foi captada no dia 29 de março durante operações de manobra da nave ao redor da ISS. Malenchenko utilizou uma câmera digital acoplada a uma teleobjetiva de 800 milímetros e no momento da foto a distância era de 3400 metros. Acima, centro de controle da Esa, localizado em Toulouse, na França, e responsável pelas operações.