Oficialmente batizada de STS-119, a missão teve o objetivo principal de transportar e instalar o grande suporte S6 e o conjunto final de painéis solares necessários à ampliação da capacidade elétrica da Estação Espacial Internacional, ISS. Além disso, os astronautas realizaram os preparativos necessários à troca de um conjunto de baterias, que será feita na próxima missão e instalaram um novo sistema de antenas de sinais GPS no módulo japonês Kibo.
O suporte S6 (S6 Truss) foi instalado na ISS durante a primeira EVA (atividade extraveicular, ou passeio espacial), juntamente com os novos painéis e os motores de rastreio solar que permitem que a estrutura de captação fique apontada continuamente para o Sol. Os painéis ampliarão a capacidade elétrica da ISS e junto com os captadores já instalados fornecerão entre 84 e 120 Kilowatts de energia, o suficiente para abastecer até 40 residências de médio porte. A ampliação foi necessária devido à maior demanda prevista, uma vez que a tripulação fixa da ISS passará de 3 para 6 pessoas ainda este ano. Além disso, os novos experimentos científicos exigirão maior capacidade de carga do sistema.
A missão também foi a responsável por levar à ISS o astronauta japonês Koichi Wakata que assumiu o posto de engenheiro de vôo da Estação Espacial no lugar da astronauta Sandra Magnus, a bordo da Estação há mais de quatro meses. Sandra retornará à Terra junto à tripulação da Discovery após 134 dias na ausência de gravidade. Wakata permanecerá no espaço até junho de 2009.
Perdendo velocidade, a nave tende a perder altitude, aumentando o atrito sobre as altas da camada da atmosfera. Esse processo é conhecido como reentrada, e é um dos momentos mais críticos de toda a missão, somente comparável em risco aos 8 minutos iniciais do lançamento.
Durante a reentrada, a temperatura do corpo da espaçonave atinge mais de 1500 graus centígrados. Essa temperatura é isolada por milhares de pequenas placas de cerâmica e sílica, que revestem a parte inferior do ônibus espacial. O nariz e bordos de ataque da nave são protegidos de forma mais cuidadosa, já que produzem maior atrito e consequentemente mais calor.
A elevada temperatura aquece os gases ao redor da espaçonave e os incandesce. Esse fenômeno é conhecido por plasma e ocorre devido à ionização das partículas dos gases. A ionização é responsável pelo bloqueio das ondas de rádio e impede a comunicação da nave com os controles de terra no momento da reentrada.
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Fotos e Vídeo: No topo, os especialistas Richard Arnold (direita) e Joseph Acaba, executam a terceira caminhada espacial da missão STS-119. Acima, vídeo mostra os dois "booms" provocados pela quebra da barreira do som durante a reentrada da nave Atlantis, em 2008. Créditos: Nasa/Youtube.