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Turismo Espacial: viagem à Lua custará 150 milhões de dólares

Segunda-feira, 6 fev 2012 - 10h32
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Se você está interessado em fazer uma viagem um pouco diferente e dar uma voltinha ao redor da Lua, saiba que isso já é possível. O primeiro voo fretado deve acontecer em 2017 e vai custar a bagatela de 150 milhões de dólares por cabeça. Se você acha caro, saiba que a primeira passagem já foi vendida.

O voo inaugural dessa forma de turismo será feito pela empresa americana Space Adventures, que fará uso de um poderoso foguete russo do tipo Soyuz para levar os passageiros até a órbita lunar.

No primeiro momento, apenas dois turistas lunares poderão participar da expedição. "Já vendemos uma vaga e a outra devemos vender muito em breve", disse Eric Anderson, cofundador e presidente da Space Adventures. Anderson não revelou o nome, mas afirmou que é uma personalidade muito famosa, que não achou o valor cobrado - 150 milhões de dólares - tão caro assim.

Em nota, a Space Adventures informou que a corporação espacial russa Energia, que fabrica os foguetes Soyuz, já está construindo uma nova nave, com características especiais para a realização desses programas comerciais em que os participantes não são astronautas profissionais.

De acordo com a nota, o voo inaugural tem como objetivo ir até a Lua, orbitar a Lua algumas vezes e retornar à Terra. O tempo total do tour será de 9 dias, mas se os participantes quiserem fazer um "pacote extra" e dar uma paradinha na Estação Espacial a excursão poderá durar até três semanas.

O ano escolhido, 2017, não poderia ser mais emblemático e marcará 50 anos da morte dos pioneiros astronautas Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee, que morreram carbonizados a bordo da nave Apollo 1, em 27 de janeiro de 1967.


Volta à Lua


Apesar de envolver muito dinheiro, a colocação de um astronauta na superfície da Lua vai muito além do que simplesmente fazê-lo orbitar o satélite, como planeja a Space Adventures.

Segundo Vladimir Popovkin, diretor agência espacial russa, Roscosmos, é muito provável que até 2020 o Homem volte a pisar na Lua. Para o diretor, no entanto, essa operação é altamente custosa e só será possível se as três principais agências espaciais Roscosmos, Nasa e Agência Espacial Europeia dividirem os custos. "A época da Guerra Fria acabou e ninguém mais tem tanto dinheiro para ir à Lua como em 1969", disse Popovkin.



Arte: Concepção artística mostra o módulo lunar que irá à Lua em 2017. Crédito: Space Adventures, Apolo11.com.

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