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Veja como foi o eclipse total da Lua de fevereiro de 2008

Quinta-feira, 21 fev 2008 - 17h03
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A seqüência de imagens mostradas abaixo foi feita a partir da cidade de São Paulo e mostram o eclipse total da Lua, ocorrido entre os dias 20 e 21 de fevereiro de 2008. O fenômeno foi transmitido ao vivo pelo Apolo11, que instalou 2 câmeras para acompanhar o evento.

Nem todas as fases do eclipse puderam ser observadas e transmitidas, já que muitas nuvens cobriam a área do observatório, localizado na região de Vila Mariana. Durante o eclipse o Apolo11 disponibilizou um chat para que os diversos observadores conectados, localizados em diferentes cidades do Brasil, pudessem trocar informações.

Aproximadamente 25 mil pessoas acompanharam o eclipse pelo site. Em alguns momentos, no entanto, as transmissões precisaram ser interrompidas devido às condições meteorológicas, o que obrigou a substituir as imagens ao vivo por outras, simuladas em tempo real.


Ocultamento de Regulus


Outra efeméride bastante interessante que ocorreu antes do eclipse foi o ocultamento da estrela Regulus, da constelação do Leão. O fenômeno ocorreu às 19h25, quando a borda da estrela tocou o disco lunar. Lentamente, o ponto luminoso foi sendo encoberto pela Lua e cinco minutos depois já não era mais visível. Regulus voltou a aparecer 63 minutos depois, às 20h33. Às 20h38 já estava totalmente visível novamente.

Regulus é a estrela mais brilhante da constelação do leão. Seu brilho é de magnitude 1.38 e se localiza a 77.4 anos-luz de distância da Terra.


O Eclipse


Exatamente às 22h43 pelo horário de Brasília, a Lua iniciou sua jornada dentro do cone de sombra criado pela Terra, que bloqueou os raios solares que atingem a Lua. Aos nossos olhos, parecia que a Lua tinha levado uma pequena mordida, que foi crescendo à medida que o tempo passava até se tornar completamente encoberta pela semi-escuridão.

A Lua permaneceu totalmente imersa no cone de sombra durante 50 minutos. Esse período foi 57 minutos menor que a máxima duração que um evento desse tipo permite, que é de 107 minutos. O eclipse total teve início às 00h01 de quinta-feira e seguiu durante a madrugada até às 00h51. Em sua fase de totalidade a Lua permanceu completamente alaranjada devido à refração da luz do Sol nas altas camadas da atmosfera.


Como acontece


Quando qualquer corpo esférico é iluminado por uma fonte pontual de luz, são produzidos dois cones de sombra, chamados de penumbra e umbra. Em condições ideais a região da umbra é totalmente escura, enquanto a penumbra ainda recebe um parte da luz. Durante um eclipse lunar acontece o mesmo, com o Sol fazendo o papel da fonte de luz pontual. Fortemente iluminada, a Terra também produz dois cones de sombra que são projetados no espaço

Em algumas ocasiões, o movimento de translação da Lua ao redor da Terra a situa dentro do cone da penumbra. Esta ocasião recebe o nome de eclipse penumbral e é muito difícl de ser observado, já que a diminuição de luz dentro deste cone é muito baixa para ser percebida. Em outras situações, no entanto, a Lua mergulha exatamente dentro da zona de sombra da umbra, ocorrendo então o eclipse total da lua.


Atmosfera


É importante notar que mesmo imersa na sombra da Terra, a Lua não desaparece totalmente. Um pequena parte dos raios do Sol sofre um pequeno desvio, ou refração, nas altas camadas da atmosfera. Esse desvio faz a luz solar penetrar no cone da umbra e ilumina Lua. As condições atmosféricas determinam a cor da Lua no momento do eclipse, e esta pode se apresentar alaranjada, avermelhalada e até marrom escuro. Partículas em suspensão geradas por erupções vulcânicas contribuem para avermelhar ainda mais o satélite durante o evento.

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