Quando o engenho alcançar a altitude de 800 km, irá liberar um conjunto de oito velas triangulares de 15 metros que serão lentamente propelidas pela força das partículas do vento solar.
Após 24 horas, a Cosmos 1 deverá alcançar a velocidade de 140 km/h. No entanto, enquanto uma nave alimentada por combustível convencional acelera rapidamente antes de atingir e manter uma velocidade constante, uma vela solar tende a ganhar velocidade lentamente e pode atingir velocidades jamais alcançadas pelos engenhos convencionais.
Segundo os cientistas, depois de 3 anos, uma vela solar deverá estar viajando no espaço a mais de 170 mil km/h. Com essa velocidade, uma espaçonave impulsionada por ela pode atingir Plutão, o mais distante dos planetas do sistema solar, em apenas 5 anos.
Além de alcançar altas velocidades, uma nave impulsionada por uma vela solar também tem a vantagem de não precisar grandes reservas de combustível.
Tanto a NASA como outras agências espaciais estão desenvolvendo suas próprias versões de propulsão solar. No mês passado a agência espacial americana testou com sucesso sua vela solar em uma câmara de vácuo em Ohio, enquanto o Japão já está pronto para lançar sua própria vela ao espaço.
"Os dados desse vôo histórico são críticos porque essa tecnologia promete muito para o futuro das viagens tripuladas ao espaço", disse o diretor do Projeto Cosmos 1, Louis Friedman, que junto ao astrônomo norte-americano Carl Segan fundou a Sociedade Planetária.
"Se tudo der certo, essa tecnologia irá transformar o modo como exploramos o espaço", continuou.
De acordo com a Sociedade Planetária, uma vez que a vela esteja aberta, será claramente visível da Terra.