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Velocidade do vento solar dispara e atinge 800 km/s

Quinta-feira, 1 ago 2019 - 09h47
Por Rogério Leite
Na madrugada desta quinta-feira o Sol produziu uma verdadeira rajada de partículas carregadas e por alguns minutos a velocidade do vento solar atingiu a marca de 800 km/s. É a primeira vez neste ano que a Terra é bombardeada com ventos solares tão intensos. O que pode acontecer?

Três buracos coronais observados em 31 de julho de 2019 pelo satélite SDO,d a NASA. Por serem menos energéticos, quando observados no espectro do ultravioleta essas feições aparecem mais escuras e podem ser facilmente destituídas de outras regiões da coroa solar.

Imagens feitas por satélites de observação solar mostram que as rajadas de vento podem ter como fonte pelo menos três buracos coronais, por onde as partículas solares estão sendo jorradas com maior intensidade.

A análise dos dados brutos gerados pelo SWPC (Space Weather Prediction Center ou Centro de Previsão de Clima Espacial) feita pelo Apolo11.com sugere que os ventos que escapam dos três buracos coronais devem se associar nesta quinta-feira e aumentar a velocidade média das partículas que atingem a magnetosfera da Terra.

Registro da velocidade do vento solar entre 31 de julho e 1 de agosto de 2019.

Normalmente, a velocidade média do vento solar é de 350 km/s.

Um dos buracos coronais, denominado CH45, de polaridade negativa, está conectado magneticamente à Terra desde o fim da tarde de quarta-feira e isso poderá provocar anomalias mais intensas na ionosfera terrestre. Como consequência, é esperada uma elevação do índice KP, que poderá atingir entre o nível KP=6 e KP=7 nas próximas 72 horas.

Tabela do Índice KP e suas consequências.


O que é Buraco Coronal?


Buracos coronais são anomalias magnéticas que ocorrem eventualmente no topo da atmosfera do Sol, conhecida como coroa ou corona solar. Essas mega estruturas se formam em decorrência de um enfraquecimento momentâneo do intrincado campo magnético que envolve o plasma desta região do Sol e como consequência permite que o vento solar escape com velocidade muito mais elevada.

Por serem menos energéticos, quando observados no espectro do ultravioleta essas feições aparecem mais escuras e podem ser facilmente destituídas de outras regiões da coroa solar.

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