Uma das próximas missões da NASA inclui um sobrevoo bastante rasante ao planeta Urano e Geronimo Villanueva, da Universidade Católica da América, está trabalhando nesta missão com o objetivo de investigar como a atmosfera uraniana espalharia a luz do sol.
Para isso, Villanueva criou diversos modelos comparativos com a intenção de aferir o que se sabe sobre simulações e compara-las com aquilo que as câmeras a bordo da nave irá registrar. Se uma sonda futura enviar imagens com aparência diferente, os astrônomos saberão que é o momento de reconsiderar o que pensamos atualmente sobre a composição química de Urano e como esses gases se comportam.
Os pesquisadores também fizeram uma simulação de como seria o ocaso no exoplaneta TRAPPIST-1e, o mais interno dos três planetas desse sistema. De acordo com Villanueva e Tralie, as simulações reais da Terra e Marte ajudam a verificar a precisão das simulações dos outros objetos.
O resultado do trabalho pode ser visto neste vídeo, que mostra os diversos eventos simulados.
Naturalmente, o pôr do sol da Terra visto no vídeo não se parece com o que estamos acostumados a ver, porque essas imagens são como o céu pareceria através de uma lente grande angula. Qualquer sonda com destino a Urano deve estar equipada com várias câmeras a bordo e é bem provável que pelo menos uma delas esteja tentando registrar o máximo de campo de visão possível enquanto faz o mergulho final.
No caso de TRAPPIST, conhecemos apenas as características fundamentais de sua estrela, que é uma anã vermelha, e também as distâncias dos planetas a ela. Embora isso nos diga o quão brilhante a estrela se apresentaria e quais as cores dominantes, não sabemos nada sobre a composição química da atmosfera do TRAPPIST-1e, ou mesmo se ela possui alguma, o que poderia fazer uma diferença substancial para a aparência do pôr do sol. Desta, esta parte do vídeo tem mais adivinhações do que as demais simulações.
Vale como exercício de pensamento!