Esta é uma fase bastante intrincada de qualquer missão planetária e que precisa ser bem calculada. Um erro de cálculo pode jogar a sonda contra o planeta ou então arremessa-la no espaço profundo.
O vídeo acima mostra as etapas antes, durante e depois da Inserção Orbital em Júpiter, mas vale também para outras missões.
A animação mostra a sonda Juno se aproximando do planeta a mais ou menos 143 mil km/h, mas na medida em que se aproxima do planeta a velocidade aumenta e se nada for feito, fatalmente será puxada pela gravidade de Júpiter.
O papel da inserção orbital é evitar que isso aconteça. Para isso a sonda é dotada de foguetes muito poderosos que são disparados no tempo certo, com o objetivo de contrabalancear a atração gravitacional.
Com os foguetes acionados, a nave é arremessada rumo ao espaço, mas a gravidade de Júpiter é tão grande que puxa a sonda para o centro do planeta. Ou seja, enquanto os motores da Juno tentam fazê-la fugir, a gravidade tenta puxa-la e aprisiona-la.
Essa briga de forças dura cerca 35 minutos e o resultado faz com que a sonda contorne e escape do planeta, mas uma velocidade não muito grande que permita que Júpiter a atraia de novo em alguns dias. Ou seja, a nave entrou em orbita e a inserção orbital foi bem sucedida.
É importante deixar claro que quando dizemos ao vivo estamos nos referindo ao momento em que os sinais da sonda chegam à Terra. Seria impossível ser de outra forma.
O mesmo vale para imagens ao vivo de marte, da Lua ou de qualquer outro lugar do espaço. Vale sempre o momento em que os dados chegam a nós.