O tremor forçou o desligamento automático de três reatores da usina nuclear localizada na cidade de Kashiwazaki, depois que um incêndio rompeu as linhas de transmissão de eletricidade. Grandes plumas de fumaça negra podiam ser vistas a mais de cinco quilômetros de distância, mas não houve vazamento de radiação.
O tremor, calculado em 6.8 graus Richter, ocorreu às 10h13 da manhã de segunda-feira (23h13 de domingo Hora de Brasília), a 49 quilômetros abaixo do leito submarino. O evento foi localizado sob as coordenadas 37.584 N e 138.377 E, aproximadamente a 70 quilômetros da cidade de Niigata, na ilha de Honshu e a apenas 246 quilômetros de Tóquio, capital do país.
Imediatamente após o evento, o Centro de Alertas de Tsunamis do Pacífico disparou alerta para diversas ilhas próximas à costa de Niigata, com previsão de elevação do oceano em até 50 centímetros, mas foram suspensos algumas horas depois.
Cinco horas mais tarde, um aftershok (abalo secundário disparado pelo evento principal) de 5.6 graus Richter foi registrado a 10 quilômetros abaixo do mar. Até a manhã desta segunda-feira, pelo menos outros cinco aftershoks já haviam sido detectados e confirmados próximos à região.
Em outubro de 2004, a mesma região foi sacudida por um forte terremoto de mesma intesidade. Na ocasião, 67 pessoas morreram e 4.800 ficaram feridas.
O Anel de Fogo se estende a partir da Terra do Fogo, no extremo sul do Chile, seguindo pelo Andes, América Central, noroeste Americano nas Montanhas Cascades, pela costa sudoeste do Canadá e ainda percorre as ilhas Aleluia no Alaska, passa pela península do vulcão Kamchatka, pelo sul do Japão e leste chinês, pelas Filipinas, Nova Guiné e termina na Nova Zelândia.
Grandes cidades como Tóquio e Los Angeles se encontram sobre o Anel de Fogo.
No caso do Japão, a placa do Pacífico e placa das Filipinas são empurradas abaixo da placa Eurasiana, em um processo conhecido por subducção de placas.