O cometa Lemmon é a bola da vez nos céus do hemisfério sul e um dos alvos mais procurados pelos astrofotógrafos e astrônomos amadores. E não é para menos.
Lemmon está aumentando diariamente seu brilho e de acordo com observadores mais experientes, sua magnitude já atinge 6 pontos, o que o coloca no limiar de percepção da visão humana e forte o suficiente para ser visto através de binóculos ou registrado em fotografias.
Lemmon está se aproximando do Sol e à medida que a distância fica menor o brilho se intensifica e poderá atingir a magnitude 3 quando chegar ao periélio, no dia 24 de março. Alguns observadores acreditam que o cometa tem potencial para ficar ainda mais brilhante e até mesmo atingir magnitudes negativas.
Aqui no Brasil, esta constelação está nascendo antes do anoitecer nestes dias de fevereiro, então não será difícil encontra-la quando o céu já estiver bem escuro. Às 21h0 BRST Lemmon e a constelação já estarão a 25 graus de elevação no quadrante sul. Então basta localizar a constelação e a estrela de referência para achar o cometa. A carta celeste mostrada acima ajuda a entender melhor.
Para localizar o quadrante, abra os dois braços em forma de cruz e aponte o braço esquerdo para onde o Sol se põe. O quadrante Sul estará atrás de você.
Se você tiver uma máquina fotográfica com bastante zoom, ISO elevado e que permita exposições com 10 ou 15 segundos, registrar o cometa Lemmon será relativamente fácil.
Apoie a máquina em um tripé e aponte-a na direção da Oitante. Ajuste o tempo de exposição para o maior valor possível e aplique cerca de 10 ou 15 vezes de zoom. Faça algumas cenas e depois localize o cometa nas imagens. Lemmon é inconfundível e se parecerá como um objeto verde nas fotografias. Igualzinho a um limão!
Bons céus!