O brilho de C/2007 N3 Lulin está agora estimado em +5.7 magnitudes, o que permite observá-lo, mesmo à vista desarmada, em um céu bastante limpo e longe da poluição luminosa e atmosférica. No entanto, se você não quer perder a oportunidade de ver o ilustre viajante o melhor mesmo é utilizar um binóculo ou uma pequena luneta. Assim, as chances de observação serão mais bem aproveitadas.
Atualmente Lulin se localiza a 67 milhões de quilômetros da Terra, entre as estrelas Spica e Porrima, ambas na constelação de Virgem. Spica, a Alfa de Virgem, é a mais brilhante da constelação o que torna a localização do astro mais facilitada.
No dia 26 de fevereiro o cometa atingirá o perigeu e sua distância da Terra será inferior a 60 milhões de quilômetros. Os cálculos indicam que o brilho de Lulin atingirá 4.7 magnitudes, suficiente para enxergá-lo com facilidade sob um céu escuro e livre de poluição, mas observadores experientes dizem que esse brilho não passará de 5.5 magnitudes, lembrando que quanto maior a magnitude menor o brilho de um objeto.
Apesar do momento de maior aproximação entre o cometa e a Terra ocorrer no dia 26, astrônomos amadores e profissionais aguardam com ansiedade os próximos dias 23 e 24, quando Lulin entrará em conjunção com o planeta Saturno na constelação de Leão, proporcionando um espetáculo celestial de tirar o fôlego dos observadores.
Se você ainda não tem um telescópio ou uma pequena luneta, peça emprestado. Oportunidade igual a essa vai demorar um pouco!
Visto através de um pequeno instrumento Lulin tem a aparência de uma bolinha difusa e esverdeada. Essa coloração é causada pela presença abundante de Cianogênio CN e carbono biatômico, C2, que quando submetidos à luz solar emitem luz verde no comprimento de onda ao redor de 550 nanômetros.
Observado com maior atenção, no interior da bolinha esverdeada existe com um ponto mais claro e brilhante, chamado núcleo. Ainda não se conhece exatamente as dimensões do núcleo de Lulin, mas estima-se que tenha algo entre 5 e 35 quilômetros de diâmetro.
Correção: Anteriormente a matéria citava que o cometa Lulin é do tipo não-periódico e que que não orbitava o Sol. Na realidade o cometa orbita o Sol mas seu período é tão longo (cerca de 50 milhões de anos) que essa pode ter sido sua única passagem pelo sistema solar.