A explosão da montanha ocorreu após uma série de diversos abalos sísmicos de 3.5 e 4.2 graus registrados nos últimos dias. Entre às 10h28 e 13h36 do dia 19 de fevereiro, os cientistas que monitoram o vulcão detectaram três tremores entre 3 e 5 km de profundidade localizados a leste de Chaitén.
Neste dia um importante setor do flanco sul da montanha desmoronou, produzindo uma explosão que liberou cinzas e fluxos piroclásticos que desceram a encosta e atingiram o topo do vale Chaitén, cinco quilômetros ao norte da cidade de Chaitén. Algumas horas depois a coluna de cinzas e fumaça atingia 8 mil metros, produzindo uma chuva de cinzas sobre a cidade de Futaleufu, a oeste do vulcão.
Um helicóptero de reconhecimento sobrevoou o domo da montanha e revelou que um bloco de 500x500 metros desmoronou e gerou fluxos piroclásticos que avançaram por 5 quilômetros abaixo no Vale do Rio Chaitén, destruindo a floresta nativa.
Pesquisadores que estão no local informaram que diversos pontos ao redor do vulcão estão emitindo gás sulfúrico e vapor d´água, que produzem grande quantidade de fumaça ao entrarem em contato.
Devido à contínua atividade sísmica associada à erupção e à explosão lateral da montanha, autoridades chilenas emitiram Alerta Vermelho, suspendendo todos os vôos ao redor de 10 km da montanha.
Sua larga caldeira de 3.5 quilômetros de diâmetro contém um domo formado por lava obsidiana, de aspecto vítreo. Devido à altitude, seu cume e também parte da encosta são normalmente cobertos de neve. O piso da caldeira é ocupado por dois lagos, ao norte e oeste do domo de lava.
A erupção de 2 de maio de 2008 marcou o fim de um período de inatividade de aproximadamente 9 mil anos. A última explosão pirotécnica registrada pela montanha remonta ao ano de 7420 AC.