Esse é o resultado do primeiro relatório técnico sobre as causas e consequências da constante erupção, que desde seu início, em 29 de maio de 2006, já provocou a destruição de quatro vilarejos, vinte e cinco fábricas e diversas infraestruturas no leste da ilha, próximo à Surabaya, a segunda maior cidade da Indonésia.
Segundo o cálculo dos cientistas, pelo menos 10 quilômetros quadrados ao redor do vulcão ficarão inabitáveis e aproximadamente 11 mil pessoas deverão abandonar o local.
Lusi, como é conhecido o vulcão, expele diariamente entre 7 mil e 150 mil metros cúbicos de lama.
O relatório, que explica melhor a situação, foi elaborado por pesquisadores da Universidade de Durham, no Reino Unido, e será publicado em fevereiro pela revista norte-americana GSA Today, pertencente à Sociedade Geológica dos Estados Unidos.
Os especiaistas, que também analisaram aárea através de imagens de satélites, informaram que provavelmente uma região aquífera sob grande pressão foi perfurada sem a colocação de um dispositivo de proteção. Contruída em aço, essa proteção age como uma espécie de tampa na parte superior do furo de prospecção e seu emprego é um procedimento padrão neste tipo de trabalho. A proteção evita que fluídos em alta pressão, como óleo, gás ou água, vazem da perfuração.
Outra conclusão, feita pela equipe que realizou o estudo, mostra que uma grande parte da região em torno da abertura principal de Lusi, cederá em breve, formando uma grande cratera.
Para piorar a situação, 30 pessoas morreram na cidade de Porong, quando uma explosão em um gasoduto, abaixo de um dos diques de retenção de lama, explodiu.
Vazamentos de água e lama são comuns nas perfurações de óleo e gás, mas normalmenete são previsíveis.