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Vulcão em formação pode ser causa de terremoto no Chile

Segunda-feira, 23 abr 2007 - 09h49
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Três pessoas morreram e pelo menos 7 ainda estão desaparecidas em conseqüência do forte terremoto de 6.2 graus Richter que atingiu a região turística de Aisén, na Patagônia chilena, na tarde do sábado, dia 21.

De acordo com informações da defesa civil chilena, as pessoas mortas foram tragadas pelo mar após uma séria de grandes avalanches disparadas pelo terremoto e que produziram ondas que chegaram a mais de 8 metros de altura nos fiordes da região. Um correspondente de uma emissora de TV chilena, presente no local no momento do terremoto, disse ter visto um homem e sua filha pequena serem levadas por uma onda gigante que se formou após os deslizamentos.

O sismo ocorreu às 14h53 pelo horário de Brasília (13h53 local), 27 km abaixo das coordenadas 45.28S e 72.60W, na região do fiorde de Aisén, aproximadamente a 55 km a noroeste de Coihaique.

Desde janeiro a localidade está sendo abalada regularmente por grande quantidade de pequenos tremores, que podem estar sendo motivados pelo surgimento de um novo vulcão submarino. Desde 22 de janeiro, quando os sismos começaram, mais de 200 pequenos eventos já foram registrados, o que mantém a população em constante alerta temendo pela formação de um tsunami.


Tectônica Local


Localizado na Patagônia Chilena, Aisén é uma pequena cidade de 25 mil habitantes que sofre a ação de três placas tectônicas. A placa de Nazca e a placa Antártica se deslocam em sentido leste e a placa sul-americana, que se move em sentido oposto. Essa movimentação de placas ocasiona o afundamento da borda da placa sul-americana, fragmentando fortemente o território e gerando uma grande quantidade de ilhas, que se estendem desde Porto Varas, a oeste de Bariloche na Argentina até o Canal de Beagle, no extremo sul da América do Sul.

Veja no Satmap:


Imagens de satélite e mapas da região do epicentro

Arte: O gráfico mostra o tempo que as ondas sísmicas do tipo "P" levaram para alcançar diversos locais do planeta. Podemos ver que 9 minutos após o evento, sismógrafos instalados no Rio Grande do Norte detectaram as ondas.

Saiba mais sobre terremotos e propagação das ondas P.

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