Durante uma hora seguida, o vulcão emitiu gigantescas plumas de fumaça e cinzas que se elevaram a mais de 15 mil metros acima da ilha. A avalanche provocada pela explosão chegou a caminhar mais de 400 metros, destruindo diversas construções na vila de Harris, ao norte do vulcão. Segundo informações do Observatório Vulcanológico de Montserrat, o colapso do domo é o mais sério incidente desde maio de 2006.
O colapso do domo é consequência de uma série de erupções iniciadas em 5 de fevereiro, quando uma explosão de grande intensidade sacudiu a ilha caribenha. Três dias depois uma nova explosão lançou fluxos piroclásticos ao mar enquanto dezenas de sismógrafos instalados na ilha indicavam aumento significativo na atividade magmática subterrânea. Finalmente, no dia 11 de fevereiro o domo da montanha desmoronou, forçando a evacuação da pequena população local e o fechamento do aeroporto.
Até 1995 a montanha apresentava natureza calma, até que uma série de pequenas atividades culminou com uma rajada de explosões violentas que se iniciaram em 18 de Julho de 1995. As erupções destruíram a capital Plymouth e deixaram a ilha de Montserrat parcialmente inabitável, o que obrigou a evacuação de dois terços da população da ilha, cuja principal fonte de renda era o turismo.
Após a evacuação da capital, os constantes fluxos piroclásticos soterraram a cidade sob vários metros de material vulcânico. Em junho de 1997 outra erupção provocou a morte a 23 pessoas.
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Fotos: Imagens mostram dois momentos da erupção da montanha em 5 de fevereiro. Em ambas as cenas os fluxos piroclásticos são claramente visíveis, descendo os flancos da montanha em direção ao mar. Crédito: Observatório Vulcanológico de Montserrat/MVO.