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Quinta-feira, 5 jul 2007 - 09h49

Astronautas da ISS fotografam Iceberg gigante na Antártida

Além dos caros experimentos científicos feitos no espaço, onde a quase ausência de peso é usada a favor do desenvolvimento de novos produtos e materiais, os astronautas a bordo da ISS também se dedicam à pesquisa geofísica, coletando dados e imagens que são enviados aos pesquisadores em terra.

Com uma órbita inclinada em aproximadamente 51 graus, as observações e coleta de dados em latitudes acima e abaixo desse valor não são possíveis, já que o complexo espacial tem sua inclinação fixa dentro da órbita. Isso significa que locais de grande interesse ambiental, como a Antártida ao sul ou o oceano Ártico, ao norte, não são orbitados pela estação. Essas regiões do globo normalmente são mapeadas e estudadas por satélites de órbita polar, que cruzam os pólos terrestres várias vezes ao dia.

No entanto, quando os icebergs à deriva se afastam muito das zonas polares, podem ser vistos e estudados pelos astronautas, que aproveitam ao máximo o tempo que a ISS está sobre eles. E foi o que aconteceu há alguns dias, quando a Estação Espacial cruzou a latitude de 49.9 graus ao sul do equador, e captou essas imagens do iceberg A22A, naquele momento sobre 23.8 graus de longitude oeste.

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O A22A é o que sobrou de um gigantesco bloco de gelo que se partiu na Antártida em 2002 e é um dos maiores icebergs à deriva em latitudes tão baixas e distantes do continente gelado. No dia 30 de maio de 2007 a posição do iceberg coincidiu com a passagem da ISS sobre o Atlântico Sul e permitiu que a equipe a bordo da nave localizasse a massa de gelo e a fotografasse, mesmo sob grande quantidade de nuvens de tempestades, normais nesta época do ano.

Para fazer a foto, a tripulação utilizou uma lente de 800 milímetros, permitindo cenas em close-up da superfície. No momento da foto, o ângulo de visão era oblíquo a partir do oeste do iceberg e a orientação das sombras indica que foi feita pela manhã.


Fotos
Manipular lentes de grande tamanho requer prática, uma vez que o peso do conjunto e a velocidade da nave façam com que o astronauta tenha que "rastrear" o alvo, mantendo-o no centro do quadro. Se o movimento for muito lento ou muito rápido pode resultar em fotos tremidas e borradas.

As fotos aproximadas mostram em detalhes uma pequena parte do iceberg. A série de linhas paralelas é provavelmente causada por "hummocks", dunas de neve solidificada e datam da época em que o iceberg ainda estava conectado à Antártida. Também chama a atenção a formação de uma rachadura em desenvolvimento.

Diversas cenas de icebergs estão sendo coletadas pela tripulação da ISS, como parte do Ano Polar Internacional, e tem o objetivo de estudar o comportamento das grandes massas de gelo com relação ao fenômeno do aquecimento global.

Quando grandes massas de gelo flutuam em águas quentes, ao norte de suas latitudes habituais, experimentam alterações físicas muito rápidas. Mudanças que podem levar décadas para ocorrer na Antártida podem acontecer em poucos anos ou até meses, quando submetidas ao aquecimento proporcionado pela diminuição da latitude.

A equipe continua acompanhando de perto o desenvolvimento do bloco A22A. No dia 15 de junho de 2007, as dimensões do iceberg eram de 49.9 x 23.4 quilômetros. Nesta manhã o bloco já se encontrava sob as coordenadas 53.41 S e 03.43 W,

Fotos: As imagens do Iceberg foram feitas pelos astronautas e cosmonautas a bordo da Estação Espacial Internacional no dia 30 de maio de 2007, utilizando lentes de 180 mm e 800 mm. Clique sobre as imagens para ampliá-las. Agradecimentos ao Laboratório de Análise de Imagens Científicas do Centro espacial Johnson, da NASA.

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