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Sexta-feira, 16 fev 2007 - 10h26

Cientistas tentam criar novos métodos de prever terremotos

Sempre que algum grande terremoto ocorre em qualquer parte do mundo, a primeira pergunta que se faz é porque os cientistas não conseguem prevê-los. Apesar de todos os esforços, a previsão dos abalos sísmicos é ainda embrionária e é sem dúvida o grande objetivo dos sismologistas.

Existem cidades inteiras acomodadas sobre regiões críticas, entre elas São Francisco, nos EUA e Istambul, na Turquia, que podem a qualquer momento serem atingidas pelas ondas sísmicas. Bem projetada, São Francisco sofreria menos com um abalo de grandes proporções, mas Istambul sofreria sérios danos.

Até o presente momento, não existem métodos de se prever quando e onde os grandes terremotos ocorrerão e um método que pudesse fazê-lo seria uma das maiores conquistas dos cientistas. Para muitos, isso ainda está muito longe.

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No entanto, para a pesquisadora canadense Kristy Tiampo, da Universidade de Ontário, essa situação pode estar com os dias contados. Tiampo e seus colegas do Departamento de Ciências Naturais do Canadá trabalham árduamente e esperam produzir dentro de 5 anos o primeiro modelo numérico de previsão de terremotos, com previsões que se extendem a 10 anos.

As previsões geradas pelo modelo de Tiampo deverão ser usadas pelos governos, norteando quais áreas devem ser monitoradas e determinar os melhores métodos de evacuação controlada. O modelo em desenvolvimento também pode ser usado por empresas de engenharia na avaliação do tipo de material a ser empregado na construção de novos edifícios.

Segundo Tiampo, o método de previsão é uma adaptação de uma antiga técnica conhecida como "dinâmicas de fase". De acordo com a cientista, através desse método os pesquisadores calculam o número de terremotos em uma pequena localidade e extrapolam os resultados para potenciais eventos de grande magnitude que possam ocorrer em toda a região.

A cientista diz que a maior parte dos processamentos está sendo realizada com o propósito de gerar mapas de risco que deverão prever como grandes regiões irão se comportar nos próximos 30 a 50 anos. Mesmo esperançosa, Tiampo adverte: "ainda estamos longe de prever terremotos da mesma forma que prevemos as condições do tempo. Isso ainda é um sonho".


Anel de Fogo
A maior parte dos eventos sísmicos em nosso planeta ocorrem em uma região conhecida como "anel de fogo", um estreito cinturão de intensa atividade vulcânica e de terremotos, localizado ao redor das bordas da Bacia do Oceano Pacífico e inclui a maioria dos vulcões em atividade na Terra.

O Anel de Fogo se estende a partir da Terra do Fogo, no extremo sul do Chile, segue pelo Andes, América Central, noroeste Americano nas Montanhas Cascades, pela costa sudoeste do Canadá e ainda percorre as ilhas Alelutas no Alaska, passa pela península do vulcão Kamchatka, pelo sul do Japão e leste chinês, pelas Filipinas, Nova Guiné e termina na Nova Zelândia.

Grandes cidades como Tóquio e Los Angeles se encontram sobre o Anel de Fogo.

Os terremotos ocorrem ao longo das falhas de junção entre as placas tectônicas, quando a energia acumulada pelo estresse entre elas é liberado abruptamente. No caso do Japão, a placa do Pacífico e placa das Filipinas são empurradas abaixo da placa Eurasiana, em um processo conhecido por subducção de placas.

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