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Sexta-feira, 14 jan 2005 - 08h00

A sonda européia Huygens chega hoje à superfície de Titã

14 jan 2005 - 08h00 - A sonda européia Huygens chega hoje à superfície de Titã, a maior lua de Saturno e provavelmente a mais intrigante de todo o Sistema Solar. Titã tem uma atmosfera densa e complexa e características que tornam esse satélite um tipo de instantâneo do passado: a lua guardaria várias semelhanças com o que se acredita que tenha sido a da Terra em seus primórdios.

Sob a névoa espessa que nenhuma sonda espacial jamais conseguiu desvelar, os cientistas não sabem o que a Huygens encontrará. Sequer têm certeza de que o pouso será em superfície firme ou num mar de metano. A nave está preparada de forma geral para as duas situações, mas não há certeza de que o que vá encontrar avarie ou não seus instrumentos.

A Huygens, cujo nome homenageia o astrônomo holandês que descobriu Titã em 1655, viajou até seu destino a bordo da Cassini, uma sonda da Nasa que entrou na órbita de Saturno em junho do ano passado, após uma jornada de sete anos. A missão foi lançada em outubro de 1997. Somente em dezembro de 2004, a Huygens foi ejetada da Cassini, e, nesta sexta-feira, terá apenas creca de três horas para entrar para a História. É o tempo que a nave deve levar entre a entrada na atmosfera e o fim de suas atividades, três segundos depois do pouso.

- O objetivo principal da Huygens é analisar a composição da atmosfera de Titã durante a descida, bem como suas propriedades físicas e elétricas e sua temperatura - disse o responsável pela infra-estrutura da missão, no centro de controle da Agência Espacial Européia (ESA), em Darmstadt, na Alemanha.

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Interessam principalmente os compostos de carbono, parte fundamental das condições que propiciaram o surgimento de vida na Terra. Também será mensurada a velocidade com que se movem as partículas da atmosfera e serão registrados possíveis fenômenos acústicos. Ao todo, a Huygens tem seis experimentos diferentes programados, incluindo também medições de pressão, campos elétricos, condutibilidade da atmosfera, luz e densidade.

A Huygens, de 2,75 metros de diâmetro e 320 quilos, alcançará a atmosfera de Titã movendo-se a seis quilômetros por segundo. O primeiro de três pára-quedas vai reduzir sua velocidade bruscamente, para 400 metros por segundo. Ao chocar-se contra a superfície, estará a 5 ou 6 metros por segundo, e vai medir o que encontrar, se seus instrumentos ainda estiverem funcionando. Se estiverem, terão apenas poucos segundos antes de desligar completamente. Os dados serão enviados à nave-mãe, a Cassini, que os transmitirá à ESA.

A atmosfera de Titã foi descoberta no início do século XX pelo cientista espanhol José Tomás Solá. Desde então, se especula sobre suas semelhanças com a Terra. Passadas as décadas, os cientistas ainda sabem pouco, mas estimam que Titã seja parecida com o que foi nosso planeta há 4 milhões de anos - antes de haver vida.

Nos anos 80, a Nasa e a ESA decidiram enviar uma missão a Saturno, para ampliar as informações obtidas pela nave Voyager 1, que passara pelo planeta em 1980.

A aventura científica Cassini-Huygens custa US$ 3,5 milhões


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