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Quarta-feira, 25 jan 2006 - 07h39

Japoneses perfuram 3 mil metros do gelo da Antártida

Pesquisadores japoneses anunciaram nesta terça-feira a perfuração de mais de 3 mil metros abaixo da camada de Antártica. O objetivo é um estudo mais aprofundado do clima da Terra.

De acordo com o cientistas do Instituto Nacional de Pesquisa Polar, do Japão, os núcleos das placas perfuradas são as mais antigas já extraídas. A idéia da pesquisa é coletar bolhas de gás congelado que se encontram dentro das amostras. Contendo dióxido de carbono, essas amostras irão oferecer informações sobre os padrões das mudanças climáticas globais.

Ainda de acordo com Instituto, as amostras contém o registro de mais de 1 milhão de anos dos níveis de dióxido de carbono e metano da atmosfera e ajudarão os cientistas a compreender melhor o fenômeno do aquecimento global, já que esses gases são um dos principais causadores do efeito estufa.

"Analisando o gelo, poderemos decifrar condições de clima e temperatura que remontam a eras que nunca foram esclarecidas antes", disse Yoshiyuki Fujii, diretor geral do Intituto.

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Fujii espera que as amostras coletas ajudem a esclarecer as mudanças no clima do planeta que ocorreram a partir da inversão do eixo magnético do planeta, ocorrida há 800 mil anos, quando os polos magnéticos terrestres se inverteram totalmente.

A equipe de cientistas liderada por Fujii perfurou o gelo antártico a uma profundidade de 3028 metros sob a base japonesa no continente e as amostras recolhidas já foram levadas ao Japão para análise. De acordo com Fujii essas amostras devem ser as mais antigas já estudas, superando amostras anteriores de quase 6 milhões de anos.

Estudos realizados no ano passado por cientistas europeus indicaram que os níveis atuais de metano e dióxido de carbono na atmosfera são os mais elevados dos últimos 650 mil anos. Para chegar a esta conclusão os cientistas também perfuraram aproximadamente 3 quilômetros de gelo antártico.

Muitos cientistas acreditam que o crescimento dos níveis de dióxido de carbono, liberado na atmosfera a partir da queima de combustíveis fósseis, e o metano, resultado de processos utilizados na agricultura, estão aquecendo o planeta, gerando temperaturas extremas, derretendo as calotas polares e aumentando o nível de água dos oceanos.

Os cientistas dizem também que o ano passado foi o segundo mais quente desde 1860 e que oito dos dez anos mais quentes ocorreram na década passada.

Foto: Base japonesa de Syowa, na Antártida


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