Sexta-feira, 22 ago 2014 - 10h57
Por Rogério Leite
Embora a atividade solar esteja relativamente fraca nos últimos dias, a presença de grandes labaredas no limbo leste da estrela pode significar uma mudança nos próximos dias.
Clique para ampliar Nas últimas 24 horas, um novo grupo de manchas solares quebrou o jejum pelo qual o Sol vinha passando nos últimos dias. Batizada de Região Ativa AR2149, o novo grupo surgiu no limbo leste do Sol na quinta-feira (21/08) e produziu um intenso flare de alta-energia que chegou a atingir a classe M1.2 na escala que mede a emissão solar no espectro dos raios-x.
Esse valor representa a injeção de cerca 7 giga Watts de potência na alta-atmosfera da Terra apontada diretamente para o Sol. Além da emissão de raios-x, AR2149 também produziu um pico eletromagnético bastante forte no comprimento de onda do ultravioleta, ionizando as camadas mais elevadas da ionosfera. Esse evento, conhecido como "Distúrbio Ionosférico Repentino", dura diversos minutos e altera a propagação das ondas de rádio, o que pode levar a blecautes prolongados de radiopropagação. Clique para ampliar Embora esses bombardeios eletromagnéticos solares sejam comuns, suas causas podem estar associadas às ejeções de massa coronal, explosões de bilhões de toneladas de partículas solares que são arremessadas ao espaço. Quando atingem a Terra, essas partículas carregadas podem provocar auroras boreais, panes em satélites e sistemas de navegação e distúrbios nas redes de eletricidade. Ainda não é possível afirmar se a mancha AR2149 tem potencial para causar esses tipos de problemas em nosso planeta e somente nos próximos dias suas características deverão ser anunciadas. Até lá, olho nela.
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