Quinta-feira, 3 jun 2021 - 08h56
Por Rogério Leite
Batizado popularmente como "sol artificial", o reator de fusão magnética EAST atingiu pela primeira vez a temperatura recorde de 120 milhões de graus Celsius, sustentada por 101 segundos. Mas a maior temperatura foi obtida nos testes do fim de semana: durante um pulso de 20 segundos a máquina atingiu a absurda temperatura de 160 milhões de graus, 10 vezes maior que o núcleo do Sol.
Plasma aquecido e confinado no interior da câmara de vácuo do reator EAST. A imagem mostra os primeiros 5 segundos da formação do plasma. O recorde de temperatura foi obtida no Instituto de Física de Hefei, no nordeste da China e superou a marca anterior de 100 milhões de graus Celsius por 100 segundos, obtida em 12 de novembro de 2018, no núcleo do mesmo reator. Nomeado oficialmente como EAST (Tokamak Supercondutor Experimental Avançado) É o primeiro dispositivo tokamak a empregar ímãs supercondutores toroidais e poloidais. Com essa topologia, os cientistas chineses esperam produzir pulsos de plasma de até 1000 segundos de duração.
Interior da câmara de Vácuo do reator chinês EAST. Medindo 1.85x0,45 metros, o bloco toroidal principal do EAST pesa cerca de 3.5 toneladas e fica confinado no interior de uma câmara de vácuo onde o plasma confinado é aquecido por uma corrente elétrica que pode chegar a 1 mega ampere.
O tokamak é um dos vários tipos de dispositivos de confinamento magnético sendo desenvolvidos para produzir energia de fusão termonuclear controlada. Atualmente, EUA, União Europeia, Rússia e China fazem parte do consórcio internacional ITER, que visa a construção do maior reator de fusão nuclear controlada já concebido. O objetivo será tentar injetar 50 MW de potência para obter plasma de até 500 MW de energia por períodos entre 400 a 600 segundos. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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