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Segunda-feira, 7 mai 2007 - 09h20

Cientista acredita que a Ásia está presa abaixo do Tibet

Uma pesquisa liderada há mais de quinze anos pelo geólogo norte-americano Larry Brown tenta descobrir como os continentes se formaram há milhões de anos. Mesmo sendo um trabalho que exige muito conhecimento e pesquisa, os métodos de Brown ainda são os mesmos de antigamente.

Para calcular a profundidade e conhecer melhor o perfil das placas tectônicas abaixo do continente, o cientista analisa os ecos de explosões que faz próximo à superfície do planeta.

Brown é professor de ciências atmosféricas e geológicas na Universidade de Cornell, nos EUA, e desde o início da pesquisa, em 1990, conduz o trabalho pessoalmente no extremo sudoeste da China. O objetivo do pesquisador é determinar se o continente asiático está aprisionado abaixo do Platô Tibetano, como acredita.

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O projeto de Brown, chamado de INDEPTH (sigla para Perfilhamento Internacional Profundo do Tibet e Himalaia) já passou por diversas fases (I, II e III) e agora conta com a colaboração internacional de diversos cientistas dos EUA, China, Alemanha, Canadá e mais recentemente da Irlanda.

Segundo professor Brown, o Tibet é um dos melhores exemplos do mundo sobre o que acontece quando os continentes se chocam e se esmagam mutuamente. De acordo com o pensamento atual, o Himalaia se formou a partir do choque entre o subcontinente indiano com a Ásia, há aproximadamente 50 milhões de anos. O choque e esmagamento entre essas placas ainda continua, o que faz com que a altura das montanhas da cordilheira cresça 5 centímetros ao ano. O Himalaia é a maior cadeia de montanhas acima do nível do mar, onde se localiza o monte Everest e o K2.

"Temos elementos suficientes para acreditar que de fato a Ásia está aprisionada abaixo da região norte do platô tibetano, mas não temos provas disso", disse Brown.

Para obter mais dados, o pesquisador vai precisar compreender melhor a geometria das diversas camadas de rocha abaixo daquela região da Terra, e para isso são utilizadas as explosões.

A pesquisa das camadas de rocha abaixo da crosta usa a mesma tecnologia usada para mapear o leito abaixo do mar em busca de gás e petróleo. No Tibet os pesquisadores preparam as explosões para gerar ondas sonoras de freqüência e intensidade conhecidas. Essas ondas se propagam abaixo da superfície e seus ecos são gravados e analisados.

O resultado dos ecos é uma espécie de "fotografia acústica", capaz de penetrar mais de 200 quilômetros abaixo da superfície. Os tempos de retorno e detalhes da forma de onda retornada podem revelar diversas particularidades e composição das rochas. Brown utiliza o mesmo método para "fotografar" as principais falhas tectônicas em Taiwan e no ativo vulcão Soufriere Hills, na Ilha de Montserrat, no Caribe.

Futuros alvos do trabalho de Brown incluem a África, índia e o Brasil.

Arte: o gráfico mostra o local das pesquisas do professor Brown, com detalhes para as linhas das explosões, cujos ecos são gravadas e analisados.

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