Quarta-feira, 13 out 2021 - 12h32
Por Rogério Leite
A análise do material lunar entregue à Terra pela missão chinesa Chang'e 5 confirmou que as amostras são as mais recentes coletadas até o momento, mas a composição química do regolito surpreendeu os cientistas.
Rocha lunar trazida peça missão Apollo 12, coletada na região de Oceanus Procellarum. Crédito: Johnson Space Center - photograph S70-44091 A equipe de cientistas chineses estudou dois fragmentos de basalto de aproximadamente 3 e 4 milímetros e através da análise do chumbo contido na amostra puderam determinar que os fragmentos tinham cerca de 1,96 bilhão de anos, quase um bilhão de anos mais jovens que o material retornado pelas missões Apollo e Luna, bem como o que é encontrado em meteoritos lunares. O estudo foi publicado em 8 de outubro de 2021 na revista Science e é assinado pela equipe de cientistas lunares liderada por Xiaochao Che, da Academia de Ciências Geológicas da China.
A partir de observações feitas da órbita lunar, os cientistas identificaram que devido à escassez de crateras essa região era mais jovem do que outras áreas observadas e portanto a lava havia fluído mais recentemente. Assim, ao datar as amostras retornadas à Terra, os cientistas confirmam que o vulcanismo lunar ocorreu mais tarde em Oceanus Procellarum do que em outras áreas da Lua.
Os cientistas chineses dataram radiometricamente as amostras trazidas pelas missões Apollo e confirmaram que várias áreas lunares tinham entre 3 bilhões e 4,5 bilhões de anos. As amostras do Chang'e 5 preenchem uma lacuna na história lunar que fornecerá insights sobre a evolução de corpos planetários distantes.
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