Sexta-feira, 24 abr 2015 - 11h16
Por Rogério Leite
Cinzas vulcânicas encobrem Porto Alegre e avançam sobre Santa Catarina
Atualização - Sábado, 25 abr 2015, 09h00Cinzas vulcânicas encobrem Porto Alegre e avançam sobre Santa Catarina
As cinzas do vulcão Calbuco chegaram ao Rio Grande do Sul e cobriram diversas cidades do Estado, inclusive a capital Porto Alegre. ![]() Clique para ampliar As imagens do satélite europeu Eumetsat mostram o avanço das cinzas, que devem encobrir Santa Catarina ainda neste sábado, dia 25 de abril de 2015.
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![]() Clique para ampliar Nesta sexta-feira, as cidades de Bariloche e Neuquen, na Argentina, amanheceram sob forte neblina provocada pela presença das cinzas vulcânicas, obrigando as autoridades locais a cancelarem voos entre o Chile e Argentina. Montevidéu, no Uruguai, também já registra a presença da nuvem. Calbuco entrou em erupção na última quarta-feira, dia 22, e por duas vezes em poucas horas lançou ao espaço milhões de toneladas de material vulcânico, a maior parte constituído de sílica (dióxido de silício), principal componente para a fabricação do vidro. ![]() Clique para ampliar Lava e material piroclástico também foram reportados fluindo pelo flanco sudeste da montanha em direção ao Lago Chapo, na região de Los Lagos. Segundo a modelagem feita pelo VAAC, órgão responsável pelo monitoramento e previsão da dispersão das cinzas de vulcões em todo o planeta, a nuvem de cinzas se dispersou horizontalmente após a erupção e cobre agora quase todo o cone sul do continente, principalmente a região da Patagônia. A frente da nuvem deve tocar o Brasil na manhã de sábado. ![]() Clique para ampliar
É uma montanha caracterizada por periódicas explosões e desde 1837 já entrou em erupção por 10 vezes. Na erupção de ocorrida entre 1893 e 1894 arremessou blocos de lava de 30 centímetros a mais de 8 quilômetros de distância. Em 1961, após uma violenta explosão a coluna de cinzas chegou a atingir mais de 18 km de altura. A última grande atividade registrada ocorreu em 1972. Em 1996 a montanha apresentou nova atividade, mas não chegou a entrar em erupção.
Esse fenômeno também é conhecido como tempestade suja e ao que tudo indica tem seu processo de formação muito similar aos relâmpagos comuns, com a diferença que a troca de cargas elétricas ocorre entre material vulcânico, ao invés do gelo como ocorre nos raios comuns na atmosfera. Também é possível que ocorram relâmpagos na atmosfera mais elevada, quando a coluna de cinzas atinge mais de 10 km e interage com possíveis partículas de gelo em suspensão.
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