Quarta-feira, 17 ago 2022 - 10h18
Por Rogério Leite
Esteira de vento solar de alta velocidade pode atingir a Terra nas próximas horas
Uma possível tempestade geomagnética deve ocorrer na Terra entre 17 e 19 de agosto devido ao impacto de grande quantidade de partículas solares ejetadas a partir de um buraco coronal que está faceado na direção do nosso planeta.
![]() Imagem do Sol registrada pelo telescópio espacial SDO em 17 de agosto de 2022 mostra a dimensão do buraco solar faceado em direção à Terra. De acordo com o Centro de Previsão de Clima Espacial (SWPC) dos EUA, tormentas geomagnéticas deverão atingir o nível G3, considerado forte já nesta quinta-feira, 18 de agosto, devido à chegada de múltiplas ejeções de massa coronal (EMC) que partiram do Sol em quatro dias antes. Apesar das inúmeras ejeções, espera-se que a maioria tenha pouco ou nenhum impacto em nosso planeta, mas pelo menos quatro delas têm potenciais componentes direcionados à Terra. A mais recente ejeção ocorreu na complexa Região Ativa AR3078, às 04h58 BRT de 16 de agosto, mas a primeira explosão desta série ocorreu no dia 14. De acordo com o órgão de monitoramento, os modelos matemáticos indicam a chegada combinada de algumas dessas ejeções na Terra ou nas proximidades a partir de 18 de agosto, mas a maior parte do material ejetado do Sol deve passar à frente ou ao sul da órbita da Terra. É importante salientar que os impactos de uma tempestade de nível G3 em nossa tecnologia geralmente são mínimos, mas tem o potencial de causar interferências em equipamentos eletrônicos mais sensíveis e provocar auroras polares em latitudes menores que as habituais, tais como partes da Pensilvânia, Iowa e até ao norte do Oregon.
Quando as áreas onde se localizam os buracos coronais estão voltadas para a Terra, verifica-se um aumento na atividade geomagnética causada pelo impacto mais intenso das partículas do vento solar na ionosfera. Isso faz o índice KP que mede a instabilidade nesta região se elevar, configurando um quadro conhecido como tempestade geomagnética. Algumas vezes, o buraco coronal ejeta o plasma de forma súbita, criando uma onda de choque dentro do fluxo contínuo do vento solar. Essa onda de choque, quando atinge a Terra, pode fazer a tormenta se prolongar por diversas horas e com intensidade bem acima do normal.
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