Quarta-feira, 3 mai 2023 - 09h54
Por Rogério Leite
Um estudo feito por cientistas da universidade de Manchester, no Reino Unido, simulou diversos vazamentos de sinal das torres de telefonia celular em todo o planeta, com o objetivo de descobrir se alguma civilização extraterrestre avançada seria capaz de detectá-los.
Radiotelescópio de Green Bank, de 43 metros de diâmetro. O resultado demonstrou que mesmo usando receptores similares ao do radiotelescópio Green Bank, com antena de 43 metros de diâmetro, nenhuma civilização extraterrestre situada em um raio de 10 anos-luz da Terra conseguiria, atualmente, detectar os sinais de micro-ondas vazados das torres de telefonia celular. O estudo também demonstrou que a partir da Terra não é possível detectar formas de vida alienígenas que vazem sinais semelhantes. Entretanto, de acordo com o Mike Garret, cientista-chefe do Jodrell Bank Centre for Astrophysics, na Universidade de Manchester, a possibilidade não pode ser descartada.
Segundo Garret, os sistemas de telefonia ainda estão em sua infância e o desenvolvimento futuro dessa tecnologia, como por exemplo, o 5G e além, sugere que o vazamento de micro-ondas aumentará de forma exponencial, com potências emitidas cada vez maiores. "Se o vazamento de micro-ondas puder ser detectado, um observador extraterrestre poderia facilmente discernir os diversos detalhes da natureza do nosso planeta, bem como a distribuição de diversas tecnologias encontradas na superfície", explicou. No entender do pesquisador, através do mapeamento do vazamento das micro-ondas as civilizações extraterrestres poderiam criar um modelo bastante avançado da Terra, mostrando a distribuição de terras, vegetação, oceanos e camadas de gelo, além da movimentação de massas humanas.
"Embora isso seja verdade quando o tema são as transmissões atuais de rádio e TV, o aumento significativo dos sistemas de comunicação móvel ao redor do mundo é extremamente profunda. De forma individual, as potências emitidas são relativamente baixas, mas o espectro integrado de bilhões desses transmissores é substancial".
"As estimativas atuais mostram que até o final da década teremos mais de cem mil satélites em órbita baixa. A Terra já é anormalmente brilhante no comprimento de onda das ondas de rádio e se a tendência continuar, poderíamos nos tornar prontamente detectáveis por qualquer civilização avançada com a tecnologia certa", finalizou Garret. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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